Capitulo 51

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                                        Alarick

Essa mulher é a minha perdição. Levo-a para o quarto em meus braços sem me preocupar com demais companhias, já que dei ordens expressas para não me incomodarem e nem circularem pela casa. Carrego Eva direto para o banheiro na suíte do meu quarto, ligo o chuveiro e a água quente escorre sobre nós. Ela desceu da minha cintura e ficou em pé, mas abraçou minha cintura encostando sua cabeça em meu peito. Acabo lavando seu cabelo. Sempre achei cabelos loiros bonitos e sempre me chamaram atenção, mas os longos cabelos morenos de Eva me deixaram fascinado desde a primeira vez que os vi presos, aguardando ansiosamente por sua liberdade. Acabo passando shampoo e condicionador neles e no meu, enquanto ela não muda de posição, o que me faz estranhar...

- Tá tudo bem? - pergunto e ela balança a cabeça afirmando - Olha pra mim... - peço enquanto levando seu queixo com delicadeza e a noto corada

- Acho que estou com um pouco de vergonha - ela diz e sua timidez é notável

- Mas porquê? - questiono sem entender

- Eu não sei - sorri ficando ainda mais vermelha - Bom, você ainda é meu chefe, talvez seja isso - diz dando ombros e dou um beijo rápido nela porque está muito linda

- Ser seu chefe não devia ser a realização de um fetiche? - digo apontando para meu corpo em uma forma deliberada de me exaltar e ela joga a cabeça para trás em uma risada extremamente gostosa, o que me faz sorrir e ficar encantado - O que foi? Está achando que não posso ser a obra de um fetiche de alguém? - Digo fingindo desespero e ela enlaça meu pescoço com seus braços ficando mais próxima

- Você, Senhor Cross, pode ser o fetiche de muita mulher. De varias formas, ser chefe é apenas uma ramificação. - fala com tanta intensidade que me faz beija-lá.

  Saímos do banho e coincidentemente ela havia se trocado ali antes. Então coloca uma roupa confortável e eu faço o mesmo e a chamo para deitar na cama comigo

- Isso vai atrapalhar? - ela pergunta enquanto estamos abraçados e faz desenho invisíveis em meu peito. Para ser bem sincero, aquilo era estanho. Eu nunca havia ficado com alguém assim, não depois do sexo e muito menos antes dele. Mas confesso que era um estranho bom, diferente e talvez, afetivo...

- O que pode atrapalhar? - questiono e ela me olha com seus lindos olhos verdes, que agora parecem mais claros

- Nossa relação profissional - diz

- Acho que não - digo sem me importar muito e ela não faz um cara muito boa - O que foi?

- Pra você é muito mais fácil - responde e encosta sua cabeça em meu peito - Só por ser homem, tudo pode ser relevado. Já comigo é diferente, só o fato de ser mulher, fará com que todos questionem. - respiro fundo e sinto uma pontada no peito por saber que é verdade

- Não vou deixar que ninguém julgue você, estamos aqui justamente porque eu sei que não é o tipo de mulher que usa sexo para conseguir algo

- Não pode me defender de todo mundo que pensa isso. E mesmo que pudesse, agradeço, mas eu não me sentiria confortável - ela diz docimente enquanto me sorri

- É aquilo de conseguir fazer tudo sozinha desde os 16 anos? - pergunto e ela afirma que sim com a cabeça - Tudo bem - digo e ela assente

- Sempre quis ser um CEO? Sei que assim pega poucos casos, pessoalmente - Stuart é hábil em mudar de assunto para o clima não ficar chato.

- Era um objetivo, um tipo de meta. - dou de ombros - Eu advoguei por muito tempo enquanto meu pai cuidava dos negócios. Fiz o que tinha que fazer e o que precisa para saber da profissão e poder evoluir.

- Sente falta ?

- Não há como não sentir. Está dentro de um julgamento é fascinante. Mas também amo meu trabalho. Ser um CEO requer responsabilidade, habilidade, talento e muita dedicação. Gosto da sensação de sentir o controle. - digo e percebo que ela me olha sorrindo

- Parece que alguém é fascinado pelo o que faz - diz em um sorriso aberto e a pego em meus brancos e bolamos na enorme cama enquanto ela sorrir. Paro e a beijo e acabou ouvindo sua barriga roncar e Eva da uma gargalhada

- E parece que tem algum monstrinho aqui dando sinal de vida! - digo sorrindo. Ela me deixa leve... eu não sei o que acontece. Eu vim a essa viagem a negócios. Óbvio que não sou tolo de não saber que a adiantei por motivos não tão profissionais assim depois do baile. Mas isso? Cancelar um dia todo de trabalho para esta aqui, parece algo muito distante do que jamais pensaria em fazer. Tento sair dos meus devaneios, não é hora pra isso. - Vem, vamos ver se o almoço já está pronto. - digo encanto a guio para sala de jantar. Há uma linda mesa colocada e farta de comida, ouço sua barriga roncar novamente e a olho franzindo o cenho em um tipo de ironia

- Não me venha com essa, Cross. Aquele café da manhã foi todo gasto na piscina. - ela diz de maneira brincalhona e vai direto para mesa - O cheiro parece estar maravilhoso - Fala enquanto nos sentamos e nós servimos

- Nunca vi uma mulher comer tanto - digo de bom agrado mas logo levo um susto pelo que falei

- Oh não, não se preocupe, isso é definitivamente um elogio pra mim - fala sorrindo ao perceber que me repreendi pela enorme garfie. - Venho de um país onde há as comidas mais saborosas do mundo, seria um injustiça eu não aproveitar bem a culinária - relata enquanto come e fecha os olhos - Muito saboroso! - aprecia

- Eu bem sei - digo de maneira intensa enquanto fito seus lábios e ela cora. O almoço segue em harmonia, o tom brincalhão de Eva destoa muito de seu sério comportamento como uma profissional, e consigo admira-lá ainda mais. Seguimos para comer a sobremesa na sala quando ouço meu celular tocar. Pela primeira vez, o deixo de lado. Entretanto a insistência me faz pedir desculpa a Eva e olho quem é, atendo ao ver a requerente inconveniente que me atrapalha

- To ocupado, Lici - digo ao atender minha não tão querida irmã agora

- Rick, desculpa - ouço sua voz trêmula e o que me faz sentar no sofá estranhando

- Aconteceu alguma coisa? - Pergunto

- Precisa vir pra cá, Rick, por favor - ela diz chorando

- Calma, Lici. Onde você está? O que aconteceu? - questiono já me levantando assustado. Os olhos de Eva me fitam sérios e curiosos agora

- É a Elisa, ela tá aqui. Eu não sei o que fazer, Rick, por favor, vem. - diz chorando e eu sinto toda a minha espinha gelar

- Estou retornando agora. Ela entrou? - pergunto e sinto minha irmã respirar fundo em uma tentativa falha de se acalmar

- Não. Eu não deixei. Mas ela ainda está aqui.

- Não deixa-a entrar, to voltando agora. - digo e desligo

- Está tudo bem? - Eva pergunta em uma voz doce

- Eu sinto muito, mas precisamos voltar para Munique agora

- Tudo bem, vamos. - ela diz ao levantar-se e me abraçar. Recebo o carinho, acho que preciso de tudo que me traga calma agora...

Perca o Controle (Livro Concluído - em revisão) Where stories live. Discover now