capítulo 23

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                                           Eva

A merda do baile! Como é que eu realmente pude esquecer dessa droga? "Ah, vejamos, talvez seja porque o seu chefe psicopata resolveu jogar uma bomba em suas mãos da noite para o dia", bufo de raiva."Concente Eva! Respira! Você consegue! Você vai dar conta de tudo? Por quê? Porque você é maravilhosa! Você querida, é uma leoa, seja isso! Mas também seja um Buda, pra ter muita paciência e não MATAR aquele infeliz que acha que eu sou uma máquina!". Respiro fundo, e a senhora Adeline ainda está me encarando, a tadinha deve achar que eu sou louca! Se bem que ela não estaria muito errada pensando dessa maneira.

- Lógico que não esqueci, imagina! - digo sorrindo tentando frustradamente conter minha raiva e o pior ainda, minha negligência!

- Que bom querida! Fico feliz! Ja trouxe tudo que irá precisar hoje à noite! Não precisa nem provar, sei que tudo ficará perfeito em você! - ela fala e soa tão animada que eu quero cortar os meus próprios pulsos, tenho tanto trabalho a fazer, por que tenho que ir a essa merda?

- Tenho certeza que a senhora fez algo muito bonito! - digo e realmente sou sincera, meu chefe pode ser um babaca, mas se tem uma coisa que o cara gosta é de um bom trabalho! Isso ninguém pode negar!. Ouço o som do elevador e vejo o dito cujo sair do mesmo! Qual a necessidade de ser tão gostoso? Sério? Nem o terno Armani em sua modelagem perfeita consegue esconder seu corpo escultural, e a pose dele, puta merda, do jeito que me deixa fervendo de raiva também me excita! Isso é verdadeiramente uma coisa louca! Aliás, acho que eu estou louca! Por que estou pensando nisso agora? Devem ser as noites de sono perdidas, estão começando a fazer efeito agora!

- Adeline, que bom vê-la! - ele diz beijando o rosto da senhora

- Ah querido, eu digo o mesmo! - ela fala sorridente - Vim trazer os trages da sua acompanhante, ela ficará linda!

- Não tenho dúvidas! Você consegue fazer milagres! - ele diz depositando um beijo na mão da mesma... calma aí queridinho, está me chamando de feia?

- Ela ficaria encantadora de qualquer forma! - Adeline diz e eu lhe agradeço com os olhos! - Bom, tenho que ir, meu trabalho aqui já está feito - ela fala me entregando as caixas - Espero que tenham uma boa noite crianças!

- Obrigado! - nós falamos juntos. A mesma entra no elevador e assim que o mesmo se fecha volto a encarar meu "maravilhoso" chefe. Sim, eu estou com raiva dele, e sim, eu também quero traçar formas cruéis de o matar sem deixar vestígios, além de obviamente o torturar, que tal noites sem dormir para ele provar um pouco do próprio veneno? não! melhor ainda! Eu posso deixá-lo pendurado de cabeça para baixo enquanto desenho com brasas os números dos artigos constitucionais em seu meu maldito tanquinho, se bem que, parando para pensar direitinho, talvez assim eu esteja me alto torturando...

- Hãm hãm - o ouço fazer um barulho com a garganta e só aí me dou conta que estou ainda parada o olhando em meio aos meus pensamentos psicóticos e a pele em meu rosto queima automaticamente - Algum problema senhorita? - ele pergunta e lá está ela de novo, com a linda vontade de socar a cara dele!

- Para ser bem sincera, sim senhor. - digo e ele arqueia a sobrancelha

- Por favor, me acompanhe até minha sala. - diz a indicando com a mão para que eu passe a sua frente, e assim que o faço um arrepio sobe por minha coluna, me sinto extremamente observada. Paro de pensar nisso quando noto que já estamos posicionados, como sempre, ele sentado em sua cadeira imperial e eu a sua frente.

- Vejamos, qual o problema senhorita Stuart? - ele fala enquanto obviamente analisa minha expressão

- Não é nada muito sério senhor, é só que, com a responsabilidade que me delegou estou sem tempo para praticamente nada, trabalho no caso durante a noite, e gostaria de saber se minha presença realmente se faz necessária nesse baile. - digo mesmo achando idiota por ele já ter mandado fazer até a roupa que deveria usar, mas não quero ir, não tenho tempo para essas besteiras, quero jogar essas palavras na cara dele, que até agora não falou nada, está me olhando e apenas deixando um silêncio constrangedor na sala..

- Você se arrumará na minha casa, então pode sair na hora do almoço para organizar o que precisa para levar, o motorista irá lhe buscar as 15:00 hrs. - ele finaliza como se eu simplesmente não tivesse lhe falo nada a pouco - Mais alguma coisa senhorita? - pergunta olhando para o computador a sua frente, o encaro: cínico, é isso que ele é.

- Imagina... Senhor - digo e minha voz ralha mais irônica do que eu consigo controlar, foda-se também.

Perca o Controle (Livro Concluído - em revisão) Where stories live. Discover now