C A P Í T U L O 4

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Os raios de sol entram pela janela de vidro da minha suíte e me fazem fechar os olhos com força para impedir a claridade de me "cegar". É quarta-feira. Meio da semana. E eu estou morrendo de preguiça de levantar pra dar aula depois da farra de ontem com Robert e... Qual mesmo o nome dela? Ah pouco importa, mas ainda posso ouvir seus gemidos no meu ouvido quando a levei para a água e depois para a areia da praia onde fodemos por várias horas.

"Bom dia Miami, 7:00 e vamos trazer a vocês o boletim do trânsito com meu colega Mar...".

Desligo o rádio e me levanto para mais um dia mesmo sem muito ânimo. Estou com uma dor de cabeça horrível graças à bebedeira de ontem. Vou para o banheiro e pego um analgésico em uma das gavetas. Olho-me no espelho e franzo a testa com a minha imagem. Estou um caos. Faço a barba e quando termino, entro na ducha e tomo um banho bem longo para deixar longe a cara horrível de ressaca que eu estou.

Após me vestir vou à cozinha e preparo meu café da manhã. Não fiz compras essa semana e minha geladeira está um tanto vazia. Sendo assim tomo apenas um copo de leite ao invés dos sucos que tanto gosto. Ás vezes fico alarmado com a quantidade de bobagens que as pessoas comem no meio da rua e com as porcarias que compram pra levar pra casa. Ugh! Só de pensar me dá um nó no estômago.

Meus colegas de trabalho e Robert vivem me dizendo que eu como igual a uma mulher, mas dá um tempo. Só porque eu sou homem não tenho direito a manter uma dieta saudável? Onde está a igualdade de gênero? Claro que nem sempre eu fui assim, mas aprendi a duras penas a valorizar a minha saúde e não vou colocá-la a prova novamente por coisas que não valem a pena.

Vou para a Universidade no meu Boxster branco que combina perfeitamente com meu look esportivo que decidi usar hoje. Oito horas em ponto estou na sala dos professores com meu notebook dando uma última olhada nas aulas de hoje. Quando estou me preparando para sair, Alex aparece com um sorriso no rosto sentando bem na minha frente na mesa de reuniões. Como sempre, ele me provoca. Que otário, cara. Quando ele vai aceitar que se eu trabalho aqui é porque mereço e consegui isso na metade do tempo que os outros conseguem? E como sou mesmo um cretino, eu jogo segundo minhas melhores cartas. Provocação em dobro.

— Olha, eu sei que minha presença na instituição incomoda você porque comigo aqui as "atenções" não são mais suas e eu entendo que sinta inferiorizado por causa disso. Mas qual é cara, não podemos deixar a rivalidade um pouco de lado?

Ele bufa de raiva e sai resmungando alguma coisa. Sorrio ainda mais com sua reação. Toma essa! Ninguém mandou você me provocar, agora aguenta, idiota.

Vou para a sala e a primeira metade da manhã passa rapidamente. De repente vem à minha mente uma bela garota de cabelos negros e olhos verdes esmeralda. Ellen. Mal posso esperar para tê-la em meus braços. O que tive na Casa da Rachel na segunda foi apenas uma pequena amostra do que está por vir. Ela é linda e de uma beleza inocente que me pegou de surpresa. Lembro-me que ela não vestia nada sexy quando a conheci e pego o celular para falar com Rachel sobre as necessidades da garota.

Peço que ela compre produtos de higiene pessoal e roupas para ela, mesmo sobre seus protestos. Não é certo não oferecer o mínimo de conforto para a garota que tem roubado meus pensamentos em momentos que eu não posso controlar e que eu vou corromper em breve.

Volto á sala para continuar as aulas e me desligo da sensualidade inocente de Ellen nesse tempo. Quando termino meu expediente vou ao meu restaurante favorito para almoçar. Joe's Stone serve os melhores frutos do mar que eu já comi e sempre que vou, preciso malhar como um condenado para queimar todas as calorias que eu consumo por lá. Por volta das duas eu vou para a clínica.

Reviver (SR #1)Where stories live. Discover now