Você é meu destino (Quileutes - pós Saga Crepúsculo)

Imprinting

Meu coração deu um salto olímpico quando ouvi um barulho de moto do lado de fora. Talvez meu cérebro estava esperando para conhecer o tal Seth. Provavelmente porque nunca tive um contato romântico com nenhum garoto. Estava nervosa para saber qual seria a nossa convivência.

E daí que várias pessoas possam te moto?

Porém meu palpite se fez certo ao que o barulho da moto se aproximou da casa e morreu ali mesmo.

Houve uma tentativa falha de abrir a porta, e depois duas batidas nela.

– Eu abro. – falei me levantando imediatamente. Eu estava morta de fome, pois as comidas que ofereciam no avião não eram lá as melhores, mas não me custaria nada.

No caminho, peguei a chave da porta que estava no chaveiro e fui em direção a porta. A destranquei e abri. Fiquei positivamente surpresa quando vi um garoto alto e boonito. As batidas do meu coração ficaram frenéticas. Deus, como ele é lindo!

Uma coisa que me incomodou, era que ele me olhava fixamente. Parecendo estar em algum transe. Encarar ainda era considerado falta de educação, não era? Eu pensava que sim.

– Hmm, oi? – balancei a mão em frente ao seu rosto, temendo ele ter entrado em algum tipo de colapso. – Você está bem?

– E-estou. – o menino gaguejou. Achei uma graça. – Como você se chama?

– Lavine. Acho que Charlie já falou de mim para você, certo? – perguntei, tentando descontrair.

– Certo. Já falou. – confirmou, e sorriu torto. O sorriso mais lindo que eu já vira em todo o mundo. – Sou Seth, aliás. Muito prazer.

– O prazer é todo meu. – apertei sua mão estendida. – Não vai entrar? – falei, dando um passo para o lado, para lhe dar espaço de entrar. – A chuva não vai parar de te molhar.

Ele riu de mim e entrou.

Dei uma olhada lá fora antes de fechar a porta.

– Não vejo uma chuva dessas desde sempre. – comentei dando uma última olhada na quase tempestade.

Terminei de falar e trancar a porta, e me virei. Fiquei constrangida quando o peguei me olhando. Seus olhos pareciam me olhar com admiração e amor. Isso bem deixou bem confusa, e fez com que o meu coração batesse rápido em meu peito.

Não percebia a poça de água que formava ao seu redor?

– O que foi? – perguntei, tentando me livrar de seu olhar. Eu não sabia que havia uma alface no meu dente, ou eu melei a cara com o óleo do frango, ou sei lá. Não era nada comum os garotos me olharem assim sem ter algum interesse, tipo eu fazer o dever de casa deles, ou apenas para me zoar.

Ele apenas balançou a cabeça. Colocou a mochila no chão ao lado do sofá.

– Mãe, vou me trocar e já venho jantar.

– Está bem.

E ele correu para o quarto.

Me sentei na cadeira e continuei a comer.

– Boa tarde, filho. – Sue falou ao que ele voltou com uma blusa de gola alta preta, e um moletom xadrez branco e cinza.

– Oi, mãe. – ele falou dando-lhe um beijo na bochecha. – Oi, Charlie.

Ele apenas levantou a cabeça num cumprimento, pois estava com comida na boca.

– Minha comida preferida. – ouvi Seth falar. – Macarrão!

Nesse momento, fiquei furiosa de não ter percebido que tinha macarrão.

– De novo na detenção, Seth? – Sue perguntou, num tom repreensivo.