Lendas Quileutes

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– Vamos, Lav. Por favor. – Seth me implorou pela décima quarta vez naquela noite. Mas agora ele estava em seus joelhos. Havia se passado apenas dois dias desde fomos a casa dos Cullen e eu resolvi lhe dar uma chance depois da conversa com a Nessie. Só não sabia como. – O trabalho de filosofia pode esperar um pouco.

Seth estava tentando me convencer a ir a uma tal de fogueira. Na verdade, era onde os anciões da tribo dos quileutes se reunia para contar histórias do passado dos lobos quileutes. Bem, todos os amigos – estranhamente – morenos, altos e fortes estariam lá com suas namoradas – realmente me intrigava se eles formavam um grupo de academia ou estereótipos.

E eu seria a "acompanhante" de Seth. Eu não estava muito afim de ir, pois estaria muito desconfortável, como sempre fico em esse tipo de evento. Eu achava que aquela vez tinha sido esse tal encontro. Mas foi algo mais casual, entre amigos. Desta vez parecia mais... formal.

– Seth, eu não sei... – parei minha frase, sabendo que estava prestes a ceder a ele.

– Eu faço o que você quiser. – ele falou apressadamente, também percebendo a minha quase falha resistência. – Serei seu escravo pelo resto da sua vida.

Suspirei, e aceitei.

– Tudo bem. – quase grunhi de brincadeira, e me surpreendi quando ele se levantou e me deu um abraço apertado, que me fez perder o fôlego.

– Obrigado, vai ser bem mais legal com você lá. – ele falou ao pé do meu ouvido, e senti um prazer estranho em meu corpo.

– Seth, eu sei que você está feliz, mas eu ainda gosto de respirar. – falei, quase engasgada.

Ele me soltou imediatamente, tendo cuidado para eu não cair. Respirei – fazendo cena – e sorri.

– Obrigado por aceitar. – ele agradeceu novamente.

– Não vai ser de graça. – sorri de lado. – Vai ter que me pagar algum lanche, qualquer dia desses.

Seus olhos brilharam.

– Sim, estou te sugerindo me convidar para sair.

– Vai ser um prazer. – sorriu abertamente, numa plenitude que gostei de ver.

– Então, podemos passar na casa da Nessie antes? – falei, afim de me livrar de seu olhar. – Eu preciso de algo para vestir.

– Se você quer assim, então vamos. – ele falou.

No outro dia estávamos tendo um ótimo papo, quando infelizmente, tocou o sinal, anunciando o fim do intervalo. E mais algumas infelizes horas sem vê-lo.

– E aí, você não vai mesmo mais tarde para ouvir as histórias? – Daniela me perguntou durante a aula de química. Sempre imaginei que as escolas da televisão eram diferentes da realidade. Mas nessa aula de química, aqui na reserva, a gente fazia experiências com fórmulas reais, não somente na teoria. Era muito divertido.

– Eu vou. – respondi, a olhando por cima dos meus óculos de proteção, que substituíram os meus de grau.

– Sério? – ela perguntou, a excitação cintilando em seus olhos.

Afirmei com a cabeça, meio sem jeito de isso ter parecido tão importante para ela. Caramba! Mal chego em Forks, e já tenho duas ótimas amigas, que pelo jeito, ficaram também muito felizes por me conhecerem.

– Seth me convenceu. – confessei, me arrepiando só de lembrar dele.

– Devo agradecer muito a ele. – ela falou, brincando.

Estiquei minha mão para pegar a outra fórmula, ao mesmo tempo dela, que ao me tocar, me olhou espantada.

– Deus! – ela exclamou, chamando a atenção de alguns alunos perto de nós. – Você está mais quente do que deveria. – ela sibilou, agora baixo.

Você é meu destino (Quileutes - pós Saga Crepúsculo)Where stories live. Discover now