36 - Fim

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Depois de alguns meses, como Luca e eu éramos herdeiros de Caleb e Lúcifer, ficou decidido que nos tornaríamos responsáveis pelo mundo humano. Caçaríamos demônios que não se submetessem a ordens que assegurassem o bom convívio com os humanos, eu não esperava que fosse uma tarefa fácil, mas era realmente empolgante o modo como meu pai e Caleb confiavam em nossa capacidade, então concordamos de bom grado, assim como ensinaríamos Eros e Diana tudo a respeito do nosso mundo desde de pequenos.

Em um determinado domingo, estávamos todos reunidos para o almoço de comemoração do noivado de Angel e Enrique, estes completamente felizes pelo novo passo no relacionamento. Na cozinha da casa de Juliana, que emprestara para o almoço, já que seus pais estavam em viagem, ela, Angel, Ana e eu preparávamos o pequeno banquete, enquanto os rapazes cuidavam das crianças na sala, Eros e Diana tinham pouco mais de oito meses, enquanto Miguel havia completado alguns dias antes. Heloíse os adorava, principalmente Diana, a quem disse que trataria como uma boneca. Assim que terminamos, reunimos todos na sala de jantar.

— Hoje é um dia muito especial... — Enrique começou seu discurso, então envolveu a cintura de Angel com o braço. — Ela foi a melhor coisa que a vida me trouxe, sou capaz de dizer que não havia conhecido o amor antes de conhecê-la, e é por essa razão que a pedi em casamento. — Os olhos verdes do meu irmão a fitaram com ternura. — E ela aceitou, felizmente.

— Ah, beija logo ela! — Max brincou, fazendo-nos rir.

E assim meu irmão fez, ela parecia uma pequena Barbie enquanto erguia os pés, sendo segurada por ele. Eu não soube explicar o quanto estava feliz por vê-los tão bem e apaixonados.

— Isso é tão lindo! Fico me perguntando quando serei eu... — Juliana comentou, alto o bastante para Max ouvir.

— Cara, ela tá tão na sua. — Jack se dirigiu ao anjo de olhos cinzentos.

E mais uma onda de risos ecoou pelo local. Max foi até a namorada e abraçou sua cintura por trás, então ela se virou, encarando-o suplicantemente, fazendo-o sorrir.

— Oh, Julieta, seus olhos são tão belos. — Brincou ele, esquivando-se do assunto "noivado".

Ela revirou os olhos e sorriu, abraçando-o. Tudo estava incrivelmente caminhando para tempos de paz, o que deixou a todos completamente conscientes de que tudo o que havíamos passado, havia nos levado até aquele momento. Depois do almoço, juntamo-nos no agradável jardim dos Sanches, a mãe de Juliana era uma excelente florista, e observar aquele lugar esplêndido, fez-me ter uma vontade quase incontrolável de abrir uma floricultura. Juliana, Max, meu irmão e Angel estavam reunidos ao redor de uma pequena mesa, jogando algo com baralho, davam risada a cada cinco minutos enquanto Heloíse os observava, desejando aprender o jogo. Ana e Jack foram levar Miguel para dentro, ele havia dormido no colo do pai. E enquanto isso, eu observava Luca brincar com nossos dois perto das flores. Caminhei calmamente até eles e sentei-me no chão.

Diana estava sentada no colo de Luca, próxima a um vaso com girassóis, ela observava as flores com muita atenção, o amarelo havia despertado seu interesse. Luca segurou uma de suas mãozinhas, fazendo-a acenar para mim.

— O que vocês estão aprontando? — Indaguei, pegando Eros no colo, ele era o mais apegado a mim, enquanto Diana apreciava mais os braços do pai, como eu suspeitara meses antes.

— Acho que ela será uma amante de flores, como você. — Luca comentou, pensativo, enquanto a observava atentamente.

— Seria ótimo...

Então, a bebê fez menção de tocar numa das pétalas, ele a ergueu à sua frente.

— Quem é a garotinha mais linda do mundo? — Perguntou a ela, que o fitava, como se entendesse tudo o que ele dizia. — Você, porque tem os olhos da sua mãe... — Ele beijou a testa dela.

Herdeiros (livro 3)Donde viven las historias. Descúbrelo ahora