Em um dia qualquer da sua vida tediosa, Park Jimin é surpreendido com a atitude violenta e absurda da sua mãe que o força a se colocar no mundo carnal da prostituição, mas o que ele menos espera é se apaixonar por um de seus "clientes", um homem, cu...
Eu estou vulnerável, sentimentalmente falando, eu nunca pensei que isso poderia chegar a esse ponto. Minha família é um assunto que eu não ouço e nem falo há anos, nem sequer fico me lembrando, mas quando me lembro, tento me distrair na mesma hora.
Minha mãe morreu quando eu tinha dez anos, o meu irmão mais velho abandonou eu e o meu pai há quase seis, ele foi morar com a minha avó em outra cidade, e sobre a minha exemplar figura paterna, de algum jeito ele me convenceu que estaríamos ajudando as pessoas, tirando-as das ruas e conseguindo um dono para elas, como se fossem animais domésticos. Quando eu cresci e percebi que isso já não era legal, literalmente, eu já não me importava mais.
Do resto da família, tias e tios, nunca fomos próximos, eu nem sei se estão vivos. Meu pai me escondeu deles como se eu fosse um troféu que ninguém poderia saber que existia, então, devem pensar que eu estou morto também.
- Eu sinto muito, Jungkook.- Jimin fala e me abraça mais forte.- Mas por que o seu pai fez isso? Ele te usou.
- Eu não sei. Mas não importa mais. Eu fico feliz de ter você.- dou um leve beijo na sua boca e puxo a coberta para cima da gente.
Já é quase cinco horas da tarde, está ficando cada vez mais frio conforme anoitece.
Fico pensando em todas as mentiras que eu disse ao Jimin e se agora que estamos namorando ele me perdoaria um dia.
Eu sou muito importante para ele, fico cada vez mais mal por saber disso.
- Tenho um presente para você.- digo, pensando nas alianças.
- O que é?- ele se anima.
- Feche os olhos.
Me levanto da cama e vou até o guarda-roupa, pego a caixinha preta que está escondida nos panos e volto para lá. Me sento em frente ao Jimin com as pernas cruzadas e checo se ele não está espiando.
Meu coração acelera e eu começo a gostar dessa sensação de sempre ficar nervoso com o Jimin.
- Está pronto?- pergunto e ele responde. Abro a caixinha com cuidado e dou uma ajeitada rápida no cabelo.- Pode olhar, então.
No primeiro momento em que o Jimin vê os anéis, ele fica sem entender, intercalando o olhar entre mim e a caixinha, mas aos poucos o seu tronco vai subindo e por fim ele fica sentado.
Jimin pega a caixinha das minhas mãos e a analisa com cuidado. Sua cabeça está baixa e eu não sei dizer se está desapontado ou assustado.
Será que eu me apressei muito?
- Jungkook...- ele fala baixinho.
Enquanto espero ansioso por uma reação, vejo uma gota cair em cima das alianças e eu sorrio. Gosto do lado sensível dele.
- Você gostou?- pergunto para quebrar o silêncio.
Não espero ele responder, vou devagar ao seu lado e o puxo para me abraçar.
- Se quiser, dá para trocar.- brinco e ele balança a cabeça negando.
Finalmente, os seus olhos se encontram com os meus de novo e ele pula em cima de mim para me beijar. Rolamos no colchão abraçados e quase caímos da cama, isso nos faz rir.
Jimin para apoiado no meu peito e as minhas pernas então entre as suas, com isso, me levanto e ele fica sentado no meu colo. Olhamos para as suas mãos e uma delas segura a caixinha, eu a pego e tiro a aliança menor, seguro o seu dedo anelar direito e sorrio ao ver que ele tenta conter a tremedeira. Coloco o anel calmamente para deixá-lo ansioso e quando finalmente encaixo, o Jimin pega o outro anel, levanto o meu dedo para ele e, para me dar o troco, a aliança entra no meu dedo mais devagar do que eu estava fazendo.
Com o ritual feito, Jimin me olha com os olhos emocionados e eu não estou diferente.
- Eu te amo, Park Jimin.- sussurro para ele.
- Eu te amo, Jeon Jungkook.
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Mimos de Min Yoongi:
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