Capítulo 7 - Reencontros

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Ponto de vista do Harry

Subi as escadas até ao meu apartamento, alguns minutos depois alguém bate à porta.

-Quem é? – Perguntei normalmente porém ouvi um cochicho qualquer mas não liguei.

-Sou a vizinha de baixo!

-O que queres? – Falei de forma rude, assim talvez ela se fosse embora.

-Nada! – Espreitei pelo buraquinho da porta e vi quanto ela era linda.

-Mas ainda estás aí?

-Sim. – Ela parecia bonita mas afinal das contas devia era ser burra.

Abri a porta lentamente.

-Entra! – Falei.

-Sou a Alexandra! – Ela sorriu.

-Eu sou eu. – Sorri também.

-Não sei em que universidade andas mas podias vir a uma festa que vai decorrer hoje…

-Não gosto desse tipo de coisas, prefiro ficar em casa, desculpa.

-Ok e deste tipo? – Ela aproximou-se de mim e beijou-me. Roçou com alguma força as nossas intimidades. Podia não a conhecer de lado nenhum, mas um homem não é de ferro.

Ela estava bastante empolgada e agarrava com força os meus caracóis e os seus lábios não descolavam dos meus.

-O facto de seres misterioso fascina-me! – Ela falou séria mas no final mostrou um pequeno sorriso.

-Ainda bem! – Não sei o que se passou na minha cabeça para responder assim a uma desconhecida, mas ela era bem jeitosa.

Andamos um pouco às cegas até ela me atirar contra o frigorífico, achei um pouco estranho quando tínhamos o sofá também perto de nós.

As suas mãos eram muito irrequietas mas o ponto focal era sempre o meu cinto.

-Tem calma! – Falei sem ar. – Isso é tudo vontade de ver a cor dos lençóis da minha cama? – Sorri.

-Não é vontade de ver a cor do teu sangue! – Ela pega numa faca e corta-me na zona da garganta. 

-Que porcaria é esta? Que caralho! – Acordei todo suado, os cabelos estavam colados à minha testa e os lençóis da cama estavam todos molhados tal como eu.

Há anos que eu não sonhava com outra pessoa a não ser a minha mãe, achei estranho, isto devia ter algum significado.

Levantei-me e fui tomar banho, afinal é no banho quando conseguimos pensar melhor, mas nem aí me ocorreu alguma hipótese para o ocorrido.

A fome não era muita pois recordei o falhanço da noite anterior, a rapariga era linda, mas algo me impediu de a matar. A rapariga do desfile, a Sofia, vive aqui no apartamento, se ela não me conhece de outro lado, significa que sou bom a esconder-me.

-Como é que eu não pensei nisto antes! – Falei bem alto. – A Alexandra devia viver com a Sofia, de certeza.

Desci rapidamente do meu apartamento até à rua. Dirigi-me ao lixo ali perto.

Discretamente procurei uns sacos azuis, elas eram as únicas do prédio que os usavam, procurei e encontrei, peguei no saco e fui para traz dos caixotes, coloquei-me de cócoras e remexi aquilo com algum nojo, preferia mexer em tripas do que em lixo doméstico mas acabei por encontrar o que queria: uma carta com o nome Sofia Salvatore e uma folha rabiscada com características físicas, não sei o que era aquilo mas decidi guardar a carta e a tal folha já em mau estado.

OUT OF MY CONTROLOnde histórias criam vida. Descubra agora