Capítulo 8 - Banho quente

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Ponto de Vista da Sofia

O Harry não me sai da cabeça, ao fim destes meses todos consigui descobrir que o “vizinho misterioso” que a Alexandre queria tanto conhecer é tão lindo como ela imaginava, posso estar um pouco louca, mas ao descobrir isto parece que a Alexandra está um pouco viva, mesmo não a vendo.

Com a cabeça ocupada as aulas passaram rapidamente, ao sair da universidade tentei avistar o Harry pois assim teria companhia para ir para casa mas não o vi, provavelmente saiu mais cedo.

-Sal! – Percebi logo que era a Daniela.

-Olá! – Abracei-a.

-Só mel! – Ela gozou e depois deu-me um beijo na bochecha. – Logo às nove e meia em tua casa?

-Oh, não! É melhor irmos buscar a Francis!

-Ok, então em casa da Francis à mesma hora.

-Está bem, tenho de ir andando, duvido que a Becca me faça o jantar, deve andar com TPM. – Rimos a duas.

-Pode ser… Até logo!

Cada uma seguiu o seu caminho, apanhei um autocarro e fui para casa, por mais incrível que pareça: a Becca fez o jantar para as duas.

Achei que era a hora certa para falar com ela sobre o seu comportamento desta manhã.

-Becca…

-Sim!

-Podes-me explicar que cena foi aquela hoje de manhã? – Ela ficou estranha.

-Ehg… Estava de mau humor, desculpa! Não dormi bem!

-Ok, eu não sabia que tinhas dias assim.

-Desculpa… Tenho dias maus, assim como tu e todos.

-Na boa! – Continuei a comer e deixei a conversa em aberto.

-Hoje vais sair? – Perguntou a Becca.

-Sim, queres vir?

-Prefiro ficar em casa…

-Ok, tu lá sabes! – Sorri.

(…)

Já no meu quarto enquanto me vestia ao fim de tomar banho reflecti que estranho a Becca não querer sair, mas tudo bem.

Coloquei um vestido de renda branca, amarrei o cabelo e depois maquilhei-me, como toque final não podia faltar o meu perfume, ao pegar no perfume percebi que me faltava algo na mesinha de cabeceira: a folha das mortas e a carta do banco.

-Merda!

Denominei como folha das mortas pois todas elas estavam mortas e eram lógicas mortas sem nexo e a carta do banco dizia quanto é que tinha na conta bancária, fiz um esforço para perceber onde as tinhas colocado e ao fim de algum tempo, lembrei-me que quando cheguei a casa bêbeda deitei-as no lixo.

-Burra! – Falei sozinha.

(...)

Calcei uns sapatos pretos e saí de casa.

-Para onde é a ida menina Sofia? – O senhor Gomes questionou.

-Vou ter com as minhas amigas, devo chegar tarde! Tenha uma boa noite! – Sorri.

-Tenha muito cuidado!

-Eu sei! Até logo! – Saí do prédio e caminhei pela rua principal que tinha mais movimento, assim não me sentia tão sozinha. Mesmo assim senti que ia a ser perseguida, mas nem olhei para traz, aposto que não passava de uma simples impressão.

OUT OF MY CONTROLWhere stories live. Discover now