Capítulo 9 - Tudo é estranho

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Acordar com um telefonema da polícia não é a melhor coisa do mundo, principalmente na minha situação.

 -Bom dia Becca! – Disse ao chegar à cozinha.

-Bom dia querida! – Ela sorriu-me.

-A Francis?

-Acordou mais cedo e foi para casa!

-Ok e eu vou ter de ir tratar de umas coisas, volta para ao almoço, estás cá?

-Não sei, mas se quiseres posso-te deixar algo adiantado!

-Ok, faz isso por favor! Já estou atrasada. – Peguei numa banana e sai do apartamento para não ir em jejum.

 Ponto de Vista do Harry

Voltei para o quarto para guardar mais uma nota que o cliente simpático da minha mãe me dava sempre que me via, não devia criar sentimentos por pessoas assim, mas ele é a única pessoa que parece preocupar-se comigo por isso eu acho que gostava dele.

Vi que já tinha várias notas no frasco, não sabia o valor delas mas o melhor era mantê-las guardadas para a minha mãe não as tirar de mim.

-Harry? – Ouvi a minha mãe a chamar-me do quarto dela.

Deixei o meu urso e as notas no meu quarto e fui a correr até ao dela.

-Amor, se alguém tocar à campainha vens acordar-me antes de abrires a porta, está bem?

-Sim! – Saí do quarto desanimado, eu só precisava de um abraço ou de um beijo na testa.

Voltei para o meu quarto e arrumei tudo e voltei a esconder a minha mini fortuna.

* Som de uma campainha *

 

-Ok está merda pareceu real! – Acordei novamente todo soado, os sonhos com a minha mãe não param e isto não me agrada nada.

-Harry! – Alguém chamou por mim, levantei-me e fui até à porta.

-Bom dia! – A Sofia apareceu do outro lado da porta bastante sorridente,  tinha cara de tudo menos de ressaca.

-Bom dia menina Salvatore! – Ela sorriu tímida e isso despertou algo dentro de mim.

-Passei aqui só para dizer bom dia, por isso já me posso ir embora! – Ela olhou nos meus olhos e virou costas.

-Ah nem penses! – Agarrei-a pela cintura de forma a aproxima-la do meu corpo e as nossas caras ficaram muito próximas, por segundos fiquei na dúvida se ela queria ser beijada mas a sua respiração irregular falou por si.

-Harry! – Ela separou os nossos lábios húmidos que ainda se tocavam quando ela falou.

-Sim! – Disse calmo com a testa encostada à dela, eu estava a sentir-me estranho.

-Tenho de ir embora! Vou à polícia. – Merda, ela não podia saber da morte da Daniela hoje.

-Mas é para quê?

- Acho que têm novidades sobre o cabrão que anda a matar as minhas amigas! – Ela deu um sorriso de lado e isso deixou o meu coração apertado.

-Ok, até logo! – Mordi o lábio pois fiquei nervoso.

-Até logo! – Ela colocou-se em bicos de pé de beijou-me.

Fiquei a sentir-me um pouco mal, afinal eu estava a matar todas as amigas dela e isso não é lá muito bom, mas também sem amigas a única pessoa que ele vai querer sou eu, ou seja, só coisas a meu favor; posso continuar a divertir-me e ainda tenho a Sofia, que não sei porque não a consigo magoar.

OUT OF MY CONTROLWhere stories live. Discover now