Capítulo 4 - Trabalho escolar

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Brenda Walker

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Brenda Walker

Sexta-feira

A matéria de Geografia não era nada agradável, ainda mais quando necessitava o esforço de produzir a mão vinte mapas em perfeito estado, por sorte, o professor resolveu demonstrar bondade com a nossa turma, aceitando que o trabalho fosse entregue na próxima semana e em dupla.

Os alunos pareciam satisfeitos com a notícia de que poderiam tagarelar o resto da aula, para que pudessem escolher seus parceiros. Enquanto todos esboçavam sorrisos, meus olhos passavam atentamente para cada ser naquela sala, a procura de alguém que não tivesse medo de mim.

Angélica Moura, a menina que havia encontrado minutos antes no banheiro, caminhava atentamente até a minha cadeira. Carregava consigo um sorriso simpático, como se eu fosse receber uma das melhores notícias do dia.

— Você já tem alguém para o trabalho? — Perguntou, sentando-se na cadeira desocupada atrás de mim.

— Ainda não.— Respondi sincera.

— Quer ser a minha dupla? — Perguntou. — Não estou afim de tagarelar com outras pessoas por aqui.

Concordei, balançando a cabeça positivamente, de maneira tranquila. Mas, a verdade era que por dentro meu coração cantava Firework¹ e eu estava quase explodindo de felicidade por não estar sozinha naquele lugar.

Imaginei que poderia fazer algo de bom pela minha mais nova companheira de trabalho e quem sabe futura amiga. Não seria nada mal se eu a levasse até a minha casa para fazermos o trabalho e quem sabe a levasse para a lanchonete mais tarde, com a desculpa de "nós tínhamos um trabalho do colégio para fazer e precisávamos comer algo".

— Você acha que podemos fazer hoje na minha casa? — Perguntei ansiosa.

— Tudo bem, o quanto antes melhor. — Respondeu, dando de ombros.

Como imaginei que aconteceria, fomos caminhando para casa após o colégio. Angélica conseguiu telefonar a tempo para seus pais, avisando que passaria a tarde na casa de uma amiga. Nós não conversamos muito durante o trajeto, e agradeci mentalmente pelo fato dos meninos não estarem no lugar de sempre.

Ela não queria vê-lo, porque isso de certa forma a machucava, mas poderíamos dar um jeito nessa loucura que se encontrava seu coração.

— Os meninos me convidaram para ir até a lanchonete hoje. — Contei quando chegamos em casa.

— E você vai? — Perguntou curiosa.

— Quero muito. — Respondi.

Angélica parou pensativa. Enquanto a sua fisionomia continuava pensativa, observava um pouco a minha casa, antes de sermos surpreendidas por Evelyn e sua peruca rosa.

Quando eu tive a ideia de pintar o cabelo, minha irmã imediatamente quis fazer o mesmo, mas mamãe e papai disseram que era muito nova para tal ato. Por mim ela poderia estar com os fios iguais os meus, mas na verdade, nós seguíamos ordens. Ou seja, no fim, mamãe acabou aparecendo em casa com uma peruca rosa choque.

Quando O Seu Coração Chamar | TEMPORADA 01Onde as histórias ganham vida. Descobre agora