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Johanaah havia acordado angustiada logo cedo, sentindo o mesmo sentimento no peito de quando abriu os olhos no meio da noite. Sentia que algo não estava certo, e tinha quase certeza que esse algo, era Louis. Ela havia concordado com o ômega de ir a tal trilha, estava até animada em ele estar fazendo algo diferente além de ficar estudando para seminários, ou até mesmo choramingando para mãe dizendo que provavelmente tiraria nota baixa em uma prova, já que o ômega sempre dizia que, "você não vai aprender em dois dias o que não aprendeu em um bimestre" e ele tinha razão. Jay até sentiu falta de vê-lo jogado na cama vendo série. Mas naquela manhã, assim que entrou naquele quatro todo arrumado do jeitinho de Louis, ela realmente desejou ver o ômega resmungando e chorando para ela, dizendo que não tinha roupa alguma para sair.

Contraditada, fechou a porta do quatro do ômega e desceu as escadas sentindo falta de todos os filhos ali, já que todos estavam na escola por causa do horário, inclusive os gêmeos que haviam começado na escolinha naquela semana. O som o toque do celular da ômega atingiu seus ouvidos, e seu coração se apertou mais quando ela viu um número desconhecido ali.

"Sim, sou eu, a mãe do Louis." Foi a única coisa que ela conseguiu desejar ouvir antes de sentir todo o ar de seus pulmões saírem e sua cabeça girar como nunca, enquanto a mulher do outro lado da linha chamava pelo nome da ômega, tentando ter contato novamente para tentar acalmar a mulher, o que obviamente já era tarde demais.


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"Mãe, por favor, a senhora tem que se acalmar!" Felicite tentava acalmar a mãe, que chorava e tentava respirar no meio de tantas lágrimas, e tentava também falar o que havia acontecido, mas toda vez que pensava em Louis seu coração se despedaçava, e ela se culpava totalmente por ter aceitado a ideia do seu filho. "Calma, respira, imita o jeito que eu respiro, tudo bem? Consegue fazer isso?" Felicite tentou novamente, se sentando na mesinha de frente do sofá e pegou as mãos de sua mãe com carinho, as acariciando e tentando normalizar a respiração da mais velha e acalmar a mesma, porque aquilo estava a deixando extremamente preocupada.

"O que houve?" Lottie largou sua bolsa e a mão do namorado que estava tão confuso quanto às garotas ali na sala, e foi indo até as duas ali, tentando entender as milhares de mensagens que sua irmã havia lhe mandado, pedindo para buscar os gêmeos já que a mãe não iria conseguir. "Mãe, o que que aconteceu?" A loira se sentou do lado da mais velha, que colocou sua cabeça sobre o ombro de Lottie e soltou um suspiro longo, mas logo voltando a chorar, deixando todos ali na sala se entreolhando se saber o que fazer e falar, e até mesmo os gêmeos, olhavam a mãe confusos sem entender nada do que acontecia ali.

Depois de alguns minutos, Johannah já estava mais calma, resistindo totalmente em tomar um copo de água com açúcar que ela achava que não resolvia nada, além de ser muito ruim. Ela respiro fundo limpando suas lágrimas, sentindo os olhares de todos ali sobre si, mas apenas se sentindo realmente confortável quando o marido surgiu na porta, ainda com o seu uniforme de delegado e olhando todos ali sem saber o motivo de ter sido chamado com tanta urgência, sabendo que em horário de trabalho ele não saia em hipótese alguma exceto em situações de extrema urgência. E ele se assustou totalmente quando viu o estado de sua esposa, com os olhos inchados e nariz vermelho, e assim que o olhou correu para seus braços acolhedores, tentando buscar um pouco de conforto.

"Eles perderam o Louis, e-ele, ele se perdeu, eu não sei, nosso filho tá desaparecido!" Johannah disse apertando seu marido contra si, que rapidamente arregalou os olhos vendo todos ali da sala se levantarem e se entreolharem contra si, tentando achar um tom de brincadeira mas palavras da mais velha. Porém nada, nada além de mais lágrimas.

AliveWhere stories live. Discover now