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Quando eu cheguei na escola, já eram 11:05am. Você já estava lá. Usava uma calça jeans rasgada nos joelhos e uma blusa de manga comprida cinza com alguns detalhes de flores. Seu cabelo estava solto e a franja cobria um pouco seu nariz. Você estava incrivelmente linda, eu admito.

"Demorei muito? Me desculpe, aqui tem muitos sinais" falei após parar a moto e retirar o capacete.

"Não tem problema. É que no Japão somos muito pontuais. Cheguei aqui exatamente as onze" você disse envergonhada.

"Então, vamos?" falei saindo da moto para pegar um capacete extra que ficava embaixo do banco "Você não tem medo, certo?"

Você balançou a cabeça rapidamente, negando. Eu lhe entreguei o capacete e você o colocou no mesmo instante. Após colocar o meu também, subi na moto e você subiu em seguida.

Dei a partida e você colocou suas mãos na minha cintura gentilmente. Comecei a acelerar de propósito, e assim você se segurou mais firme a mim. Me senti um pouco babaca por ter feito aquilo, mas foi uma sensação boa.

"Ei, onde você gostaria de ir primeiro?" perguntei quando paramos no sinal.

"Hm, não faço ideia" você respondeu "Me supreenda!"

O sinal abriu. Enquanto eu pilotava a moto, tive a ideia de levar a Lisbeth á uma galeria de artes que ficaria no centro temporariamente.

Após algumas quadras, chegamos em frente ao enorme edifício onde era a galeria. Várias pessoas entravam e saíam do prédio o tempo inteiro. Parei a moto em uma vaga livre em frente ao prédio.

Entramos e eu paguei nossos ingressos, mesmo você insistindo em pagar o seu.

"Você paga o seu depois" eu disse e você revirou os olhos.

Ficamos em silêncio no elevador. E no andar de cima entrou uma senhora. 

"Nossa, vocês dois formam um casal tão bonito!" ela disse e você corou, colocando uma mecha de cabelo atrás da orelha.

"Nós não somos um casal" eu disse.

"Pois deveriam! Vocês me lembram de como eu era com meu marido. Ah, Joe, espero te ver de novo em breve." A senhora disse e eu dei um pequeno sorriso. Entendi o que ela quis dizer.

Quando saímos do elevador já estávamos no 23° andar. Fomos andando pelos longos corredores onde estavam expostas algumas obras.

Sentamos em um banco que ficava em frente a um quadro que ocupava boa parte da parede. O quadro tinhas várias manchas pretas.

"Você entende o que o artista tentou dizer ao pintar esse quadro?" Você perguntou sem tirar os olhos do quadro.

"Bem... Eu acho que ele queria dizer que preto era sua cor favorita" falei a primeira coisa que me veio a mente.

você riu "Acho que concordo com você. Até eu conseguiria pintar um quadro desse."

"Não quero me gabar, mas eu faria um quadro bem melhor que esse" falei e ambos rimos "Vamos, ainda temos uma enorme exposição para ver." falei me levantando e estendendo a mão para você.

Você me olhou gentilmente e pegou na minha mão para se levantar.

Continuamos andando e observando os quadros. Alguns nós elogiavamos de verdade, outros nós dizíamos que eram sem sentindo e também fingiamos estar 'comtenplando' a obra, quando na verdade só queríamos rir um pouco. 

"Está com fome?" perguntei "Está quase na hora do almoço, o que você gostaria de comer?"

"Eu realmente não sei. Eu sempre comia comida japonesa então... Poderíamos comer pizza?" você disse com os olhos brilhando.

"Então vamos."

innocence // sprm Where stories live. Discover now