APENAS ALGUNS CAPÍTULOS PARA DEGUSTAÇÃO.
Maria passou a semana trancada em casa e sem poder atender ao telefone, Marta não a deixou falar nem mesmo com Jessica. No domingo a casa encheu como de costume com as amigas da tia que queriam fofocar. Maria tentava não ouvir, mas elas riam e falavam alto. Para alegria de Maria a última vez que foi atender a porta era Jessica. Ela nem deu tempo de Marta falar nada e entrou com Maria. As duas foram para o quarto de Maria conversar.
— Por que está trancada aqui?
— Minha tia descobriu que eu fui à rua abandonada de novo e me proibiu de sair de casa.
— Que horror! Não entendo por que os mais velhos têm tanto medo daquela rua. O que eles acham? Que o assassino de dez anos atrás está escondido nas casas abandonadas esperando pela sua próxima vítima?
Maria lembrou-se do homem que a observara de uma das casas abandonadas e sentiu um arrepio.
— O mais estranho, é a reação das pessoas, minha tia e a dona Lucena quase piraram quando eu comentei que havia ido lá.
— Sabe o que eu acho? Que há muito mais coisas nessa história do que a gente sabe. É muito estranho esvaziar uma rua por causa de um crime que aconteceu há anos, a não ser que o assassino ainda esteja lá.
De repente Jessica deu um pulo:
— Maria! Será que o homem de capuz que você vê no castelo é o assassino?
O coração de Maria acelerou inexplicavelmente.
— Claro que não, Jessica! Senão ele estaria preso!
— É verdade, e se tivesse fugido não viria para a cena do crime.
Maria concordou.
Na segunda, Maria acordou disposta a sair. Tomou café e pegou sua bolsa, fazendo Marta pular na frente dela para impedi-la.
— Aonde pensa que vai? Está de castigo.
— Acontece que eu não sou mais criança, sou maior de idade e não vou mais ficar trancada aqui.
Marta suspirou.
— Se eu souber que você anda visitando aquele castelo de novo...
— Não se preocupe — respondeu Maria e Marta se afastou a deixando passar.
Como era seu primeiro dia de liberdade, Maria se conteve e ficou somente na biblioteca. No dia seguinte, porém, foi até o castelo. Ela olhou por um tempo para a janela, mas não havia sinal do homem, então foi até a caixa de correio e tateou, mas não havia nenhum papel lá. Ele havia pegado o bilhete dela, mas não tinha respondido. Talvez nem tivesse lido. Ou talvez tenha achado muito atrevido como Jessica dissera. Encarou o castelo tentando entender sua fascinação por aquele lugar, então, querendo ir embora, fez o contrário e caminhou até o portão. Para sua surpresa, assim que se encostou ao portão, ele se abriu. Ela mal acreditou, seria possível que o homem houvesse lido seu bilhete e houvesse deixado o portão aberto para ela?
Maria entrou receosa, olhou em volta, percebeu que o chão até a entrada do castelo era feito de pedras, mas estava quase coberto pela grama que crescia pelos lados no jardim. O jardim do castelo também era lindo, enorme, com flores que Maria não via em qualquer lugar, flores lindas e descuidadas, cercadas por ervas daninhas. Analisou esse jardim com saudade do seu curso de paisagismo, que fazia na capital. Então foi até o mercado comprar o que precisaria para trabalhar no jardim. Se o portão não estava aberto à espera dela, então certamente seria expulsa, mas teria algum contato com o homem estranho de qualquer jeito.
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O assassino - DEGUSTAÇÃO
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