•25: Ah, claro. Culpe a vítima•

127 17 242
                                    

— Ei!— ouviu-se um protesto, enquanto Theseus quase caia de cara no chão.— Olha por onde pisa, Thes!— a lufana se levantou de onde estava deitada segundos atrás, até o ex namorado adentrar a cabine do trem e tropeçar nas pernas da menina.

  — Pra que ficar estatelada no chão?— ele se pôs de pé novamente.

  — Claro. Culpe a vítima.— resmungou a menina, que levantou e foi até o banco, onde Paty cochilava.— PATRÍCIA, VOCÊ TÁ ATRASADA!

  A mais velha deu um pulo e avançou para a mala à sua frente, pegando a alça e colocando no ombro, instintivamente.

  — Para quê?— a voz de Pat falhou um pouco.

  — Pra vazar daqui, o Theo acabou de chegar.— os cabelos de Ana assumiram um tom avermelhado, e encurtaram um pouco. Paty franziu a testa.— E isso significa que...?

  — Thomas. Claro.— ela correu para a saída do local e se virou para encarar Theseus.— Um mindinho fora da linha e eu te castro.

  — TUDO JÓIA, PATRÍCIA? ELE NEM É MEU NAMORADO MAIS!— a mais nova agora estava tão vermelha quanto os cabelos do Weasley que Pat andava tentando conquistar – não tão em vão se Annie resolvesse descartar ele, o que não tardaria a acontecer.— Tudo bom contigo, Pat?

  Ela lançou mais um daqueles olhares que quase chegavam a ser ameaçadores e sumiu em meio as cabines.

  — Eu tô achando que vou passar a não dirigir a palavra à Pat, não.— a lufana, ainda corada até o último fio de cabelo – literalmente.

  — VOCÊS NÃO VÃO ACREDITAR!— antes que Theseus pudesse responder a menina, Leta adentrou a cabine e se jogou num dos bancos.— Eu acabei de ficar sabendo da sua chance de promover a discórdia, lufana hipócrita! Anteontem, no baile, a Maris pegou o namorado da Goldstein!

  — QUÊ? A MARIS DA ISA? DO QUARTETO?

  — Não sei do que você está falando,— a sonserina parecia confusa.— mas, SIM, a Maris!

  — Bom,— disse Ana, ainda chocada.— essa não foi a única surpresa do baile. A Esther... ela beijou o Newt.

  — O QUÊ?— Leta e Theseus se manifestaram da mesma forma, e Ana sorriu, contente por nenhum dos dois terem ficado sabendo daquilo antes dela resolver espalhar.

  — Sim, sim. Ah, e também teve a — ela limpou a garganta.— nossa questão.

  Theo baixou o olhar, e Leta franziu a testa.

  — Mas o que houve?— a morena perguntou, e soltou uma risada ao ver os cabelos de Ana se avermelharem ainda mais do que quando Paty ameaçara Theseus, momentos antes.— Vocês voltaram anteontem, não voltaram?

  — Não exatamente.— disse Theo.— Nós só...

  — Newt disse que nos viu perto da mesa das bebidas.— murmurou a lufana, erguendo a cabeça.— Mas creio que não, Leta. Nós não estamos exatamente... juntos.

  — O que quer dizer?— perguntou a Lestrange. Ana mordeu o lábio.

  — Nós terminamos já faz um tempo, certo? Desde quase uma semana antes de anunciarem o baile. Mas ontem... Não significou nada, bom, pelo menos não deveria ter significado, mas talvez tenha, eu não sei, mas nós não voltamos, voltamos?— Ana atropelava as palavras.— QUER SABER, A GENTE VAI É VER ESSE COISO MARIS, TURNER, TINA, NEWT E DEPOIS A GENTE CONVERSA SOBRE BANALIDADES, EU QUERO É NOVIDADE E FOFOCA PRA ESPALHAR!

  E, quando Leta deu por si, já havia sido arrastada para o corredor por – quem mais seria?– Ana. Theseus andava mais rápido do que o habitual para tentar alcançar as duas, que já estavam paradas diante de uma cabine, onde repousavam Maris, Isa e Andy.

One Hundred Years | AFEOHWhere stories live. Discover now