•30: Goldstein•

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No mesmo momento em que Ana corria afoita pelo castelo, em busca das Goldstein, três outras cenas ocorriam simultaneamente, e são elas quais precisamos ver para entender exatamente o que está acontecendo.

Na torre da Gryffindor, antes de Ana por os pés ali.

— Tina.— Queenie adentrou a comunal.— Tina?

— Ela está no quarto.— Bia disse, finalmente fechando o livro que tinha em mãos e colocando-o ao seu lado.

Queenie lhe sorriu, antes de subir as escadas em espiral até o dormitório feminino. Ela bateu na porta e adentrou o comodo após ouvir um "entre" distraído.

— Você está sabendo sobre a festa?— a loira perguntou, animada.

— Aquela dos setimanistas?— Tina estava jogada em sua cama, encarando o teto. Estava nervosa por causa da prova no dia seguinte.

— Sim.— Queenie concordou.— Você vai?

— Não.— Tina sentou-se.— Não fui convidada.

Aquilo não parecia incomodá-la de forma alguma.

— Vai fazer alguma coisa hoje à noite?— Queenie questionou.

— Não.— Tina negou mais uma vez.— Estudar, talvez.

Queenie esboçou um meio sorriso compreensivo.

— Eu fui convidada para a festa.— a loira resmungou.— Eu posso ir?

Tina encolheu os ombros.

— Sabe que...

— Você vai ficar preocupada. Eu sei.— Queenie completou a frase pela irmã.— Mas eu prometo que não vou fazer nada de ruim.

— Confio em você.— Tina disse, ficando em pé.— Não confio nas outras pessoas, só isso.

— Fique tranquila.— Queenie disse.— Eu sei quando elas têm segundas intenções.

É claro que sabia, a questão é: pode defender-se delas?

— Têm pessoas conhecidas que vão.— Queenie prosseguiu.— Bia e Savernake, por exemplo.

— Huh.— Tina a encarou por alguns instantes.— Eu não sei.

Queenie encolheu os ombros, sentando-se na cama da irmã.

Ambas ficaram em silêncio por alguns momentos.

Os pensamentos de Tina inundavam a mente da irmã.

— Deveria falar isso para ele.— a loira encarou a irmã, que agora estava próxima à uma prateleira com livros de estudo.

— O quê?— a morena se virou para a irmã.— Não leia minha mente.— ela a repreendeu.

— Desculpe, mas não posso evitar.— Queenie resmungou.— Você está praticamente gritando.

— Não estou não.— Tina pareceu sentir-se um tanto ofendida com a irmã.

Queenie soltou um suspiro.

— Se você o ama.— a loira disse.— Deveria dizer isso à ele.

— Eu não o amo.— isso parecia tão óbvio na cabeça da morena.— Você está exagerando. Talvez eu goste dele, mas é só talvez. Amar é algo complicado demais.— Tina fez uma pequena pausa.— Só o conheço há quatro meses.

— Isso não importa...

— É claro que importa.— Tina a cortou.— Existe uma diferença enorme entre gostar de alguém e amar alguém.— ela fez uma pausa.— Você pode descobrir de um dia para o outro que gosta de alguém, mas não pode fazer o mesmo dizendo amar alguém. É diferente.

One Hundred Years | AFEOHWhere stories live. Discover now