66: hey, little brother

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 *troquei o nome da esposa do jimin pra hyojin porque a hwasa eh minha namorada, boa leitura!

°~°

– Oi, maninho. – Foi a primeira coisa que Jimin ouviu, antes de sentir seu estômago revirar e sua respiração se tornar lenta.

Jimin deu um passo para trás, ainda recostado sobre a porta, com os lábios entreabertos e a expressão surpresa, completamente congelado, sem saber oque fazer.

Seu olhar desceu para os coturnos escuros do moreno à sua frente, subiu pelas calças skinny que abrigavam coxas bem parecidas com as suas, e o casaco camuflado, acompanhado de uma touca em sua cabeça e óculos escuros.

– Mas o que você tá fazendo aqui? – Tomou coragem pra se pronunciar sobre a questão, depois de longos minutos ali, com cara de tacho. – E porquê diabos você virou uma versão mal vestida de mim?

– Está com medo das pessoas andarem por aí e acharem que eu sou você? – Ele sorriu, colocando uma das mãos na cintura, debochado.

– Elas com certeza não vão achar. Eu sou mais bonito. – Jimin semicerrou os dentes, irritado. – Foi bom te ver, agora faz o favor de voltar pro buraco de rato de onde você saiu, em nome de Min Yoongi!

O baixinho apenas fechou a porta de uma vez só, com o psicólogo afetado e os dois olhos ainda arregalados, tentando não demonstrar o misto de sensações em seu estômago, mas fôra interrompido quando a porta chocou-se contra o cano duro do coturno do outro.

E porra, Park Jihyun estava ali, ao vivo e em cores, não tinha condições daquilo acontecer nem em um milhão de anos, era impossível, definitivamente impossível.

– Ya, Jimin hyung, porquê está tão abalado? – Ele passou a língua contra o lábio inferior, sorrindo debochado. – Tem alguma coisa que te incomoda?

Não era como se tivessem a boa relação de irmãos, ou que sua família fosse compreensiva e carinhosa, definitivamente, não. E com Jihyun ali na frente, Jimin teve a impressão de que seu passado o perseguiria para sempre.

Mas não podia dar o braço à torcer, Jihyun não era ruim, apesar de tudo, só antipático, mas ambos passaram suas vidas competindo em todas as tarefas que eram postos juntos, e quando Jimin foi embora, sentiu que o mais novo iria manter certo ódio guardado.

Então, não. Jimin definitivamente não iria mostrar seus sentimentos para aquele garoto que apesar de ser parte de sua família, não tinha nada a ver consigo sentimentalmente.

– Não tem nada que me incomode, meu anjo. Muito pelo contrário. – Jimin revirou os olhos. – É só que eu não entendo por qual motivo, razão, ou circunstância, você está aqui, e não estou interessado em saber.

– Mas... – Jihyun grunhiu, irritado, colocando uma das mãos sobre a porta.

– Jihyun, eu tenho uma vassoura, e não tenho medo de usar ela. – Jimin ameaçou, pela última vez.

– Pra quê? – O outro ergueu uma sobrancelha, confuso.

– Pra enfiar ela no seu... – Jimin ia continuar, mas foi interrompido.

– É importante, hyung. – O outro falou, ainda mais alto, acrescentando um tom dramático á sua voz, fazendo a típica carinha de cachorrinho sem dono.

E Jimin sabia, que de cachorrinho sem dono aquele garoto não tinha nada, e que não poderia confiar em pessoas da laia de lá. Era um tanto esquisito ter de tratar a própria família como inimigo, mas não havia outro jeito.

Jimin lembrou-se de todos os momentos que tivera com o garoto na sua cola, inclusive quando o outro o viu beijando seu primeiro namorado, escondido, e fez um escândalo maior do que os brasileiros no carnaval.

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