9. Atordoadas mutuamente

10.6K 690 304
                                    

Eleanor acordou cedo, seus avós estavam dormindo, mas seu pai parecia já ter acordado, a porta dos fundos que dava para o quintal estava aberta. Ela passou pela cozinha e foi para o quintal, ele era bem espaçoso, tinha uma hortinha com legumes, uma cabaninha com alguns bancos e no canto um pequeno porão.

─ Bom dia, filha. ─ Darin disse saindo do porão. ─ Trouxe todas as bagunças que estavam no quarto, agora ele é seu. Vamos lá para você ver.

Eles entramos para dentro de casa, Darin subiu as escadas na frente e abriu a porta que ficava no final do pequeno corredor.

─ Esse é seu quarto.

Eleanor entrou no quarto, era bem espaçoso e a mobília estava nova, tinha um guarda-roupa, uma cama de solteiro e uma escrivaninha.

─ Está ótimo. É bem espaçoso e olha essa vista. ─ Eleanor foi até a janela, de longe podia ver a grande universidade. ─ Você ainda é professor de história lá?

─ Sou sim, é por isso que tenho livros espalhados em qualquer canto da casa.

─ Isso é incrível. ─ Eleanor se sentou na beirada da cama. ─ Você pensou no que vamos fazer?

─ Primeiro você tem que ir para a casa da sua mãe, porque ela deve estar preocupada. E segundo, acho melhor você morar comigo por um tempo, claro, se quiser.

─ É claro que eu vou querer, acho melhor assim. ─ Eleanor gostou da ideia, não só pela sua mãe, mas por Rae também. As coisas entre elas não estavam boas.

─ Sei que aqui não é tão espaçoso como a casa do seu padrasto, mas dá para a gente se virar.

─ O tamanho dessa casa é ótimo, eu me sentia meio sozinha naquela casa enorme, era tanto espaço vazio.

─ Eu também gosto de casas menores.

─ Então depois do você me leva lá? Não precisa entrar dentro de casa.

─ Sim, vou te levar.

─ Ótimo.

─ Bom dia. ─ Marieta apareceu na porta. ─ Vou fazer panquecas para o café da manhã, por acaso alguém quer me ajudar?

─ Eu quero. ─ Eleanor se levantou e seguiu sua avó até a cozinha, como nos velhos tempos.

♡!

Darin estacionou o carro em frente a grande casa de Eleanor, que a partir daquele dia não seria mais.

─ Vai lá, vou te esperar aqui.

─ Tá bom. ─ Eleanor respirou fundo e saiu do carro.

Tocou a campainha com o coração acelerado, mas não foi como na noite passada, eram sensações totalmente diferentes, agora ela não sentia alegria, mas sim medo.

─ Ah, Eleanor. ─ Sua mãe abriu a porta e a abraçou fortemente. ─Onde esteve?

─ Na casa do meu pai.

─ Me desculpe por ontem. ─ Collete disse arrependida.

─ Tá bom. Me desculpa também.

─ É claro, venha. Entre.

Eleanor entrou dentro de casa, mas se sentia como uma vizinha e não uma moradora.

─ Mãe, eu vou ir morar com o papai.

─ O quê? ─ Sua mãe disse surpresa e se sentou no sofá. ─ Por quê?

─ Eu acho melhor assim. Desde que me mudei para cá, tudo desandou.

A Filha do meu Padrasto Waar verhalen tot leven komen. Ontdek het nu