14. Véspera da véspera de Natal

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Era véspera da véspera de Natal, Eleanor sempre amou o Natal, era seu feriado preferido.
No Natal passado ela reuniu com a sua família materna - porque sua mãe não a deixou ir para a casa do pai- e foi divertido, ela passou o dia todo com seus primos, só jogando conversa fora na casa de praia do seu avô e Rae também estava lá, Eleanor a convidou, já que o pai dela preferiu ir trabalhar, e toda a sua família estava no México.

Eleanor, Rae e Collete estavam reunidas na cozinha fazendo biscoitos de gengibre, era noite e elas já tinham jantado, o ambiente estava bem aconchegante, com os efeites de natal e a neve caindo de leve lá fora.

─ O John vai trabalhar amanhã? ─ Eleanor perguntou a sua mãe, enquanto enfeitava um biscoito.

─ Acho que sim, eu não sei essa obsessão dele por trabalhar. ─ Collete disse. ─ Eu mal passo tempo com ele.

─ Eu também não. ─ Rae disse chateada e ajudou Eleanor a colocar granulados nos biscoitos.

─ Então vamos para a casa do vovô, mãe?

─ Eu não sei.

─ Por quê?

─ Não estou muito animada.

─ Foi muito legal ano passado. ─ Rae disse. ─ Seus primos são tão alto astral.

─ Não é? Vamos, mãe.

─ Acho melhor não.

─ Então posso passar o Natal com o meu pai? Eu e a Rae? E você se quiser.

─ Claro, pode. ─ Collete lavou as mãos e colocou uma bandeja de biscoitos no forno.

─ Eba! ─ Eleanor disse sorrindo.

Nos Natais de antigamente que ela passava com seu pai eles iam para a fazenda, onde seus avós tinham um terreno, era muito divertido, porque a família era pequena. Seu pai tinha apenas uma irmã e um irmão e cada um deles tinham apenas um filho.

─ Posso ir também né? ─ Rae disse receosa.

─ Claro que pode! Vai ser muito legal.

─ Vou ligar para o seu pai, Eleanor. ─ Collete pegou seu celular e se sentou na mesa da cozinha.

─ Você vai amar, Rae! A gente vai para a fazenda dos meus avós e lá é super divertido, tem uma cachoeira linda, não vai dar para a gente entrar, porque está nevando. Mas tem um quintal gigante com todo pé de fruta e ainda tem o bosque.

─ Tomara que dê para a gente ir, parece tão legal. ─ Rae disse admirada.

─ Se a gente for, vamos sair amanhã cedinho, para arrumar as coisas e a noite vamos fazer uma ceia. Vai ser o nosso melhor Natal. ─ Eleanor disse encarando Rae. ─ Eu vou fazer com que seja o melhor da sua vida. ─ Ela disse quase como um sussurro e se aproximou de Rae com o intuito de a beijar, mas Collete tossiu fazendo com que elas se afastassem rapidamente.

─ E aí? ─ Eleanor perguntou sem jeito.

─ Seu pai disse que vocês vão para a fazenda mesmo e que é para você arrumar suas coisas. ─ Collete disse alegre.

─ Está alegre, porque vai nos despachar, não é?

─ Não, é porque vou com vocês.

─ O quê? Sério? ─ Eleanor disse estupefata. ─ Não acredito.

─ Vou sim, seu pai disse que não tem problema eu ir e que é bom que vou fazer companhia para a Diana, ela se separou recentemente e está bem abalada.

─ Então vamos amanhã cedinho, não é? ─ Eleanor perguntou ansiosa.

─ Sim. Vamos sair às oito, são duas horas de viagem.

A Filha do meu Padrasto Onde histórias criam vida. Descubra agora