16. (Não) prometo que vai dar tudo certo

6.3K 208 0
                                    

Era noite do dia 26 e elas estavam voltando para casa, Collete não queria deixar John sozinho no seu dia de folga. Eleanor não gostou muito, mas não disse nada, porque seus últimos três dias haviam sido os melhores  em dois anos e achava injusto reclamar.

Quando chegaram em casa, John estava sentado no sofá comendo pizza e bebendo cerveja enquanto assistia futebol na televisão.

─ Oi, pai! ─ Rae disse sorrindo e ele levantou do sofá para a abraçar. ─ Feliz Natal atrasado.

─ Feliz Natal também, Rae.

John abraçou Eleanor e depois Collete.

─ Senti falta de vocês. ─ Ele disse sorrindo.

─ A gente também. ─ Collete disse.

─ Vamos desfazer as malas e depois dormir, tá bom? ─ Rae disse carregando sua mala escada acima e Eleanor fez o mesmo.

Cada uma foi para o seu quarto guardar suas coisas, depois de uns minutinhos, Rae bateu na porta do quarto de Eleanor que estava deitada lendo um livro.

─ Pode entrar. 

─ Está cansada? ─ Rae entrou no quarto e deitou ao lado de Eleanor.

─ Não, eu até queria ficar mais um tempo.

─ Eu também gostaria. 

Elas ficaram lendo juntas por um tempo, até que ouviram um barulho de vidro sendo quebrado no andar de baixo e Eleanor se levantou depressa.

─ Fica aqui. ─ Eleanor abriu a porta e andou devagar até a escada, quando chegou perto, viu John apertando o pescoço da sua mãe e depois a jogando no chão. Ela quis descer, mas sabia que seria arriscado, então voltou para o quarto e ligou para a polícia, disse o endereço e falou para irem o mais rápido possível.

─ O que foi, Eleanor? ─ Rae se levantou preocupada.

─ O seu pai, Rae. ─ Eleanor jogou o celular no criado-mudo e começou a chorar. ─ Está batendo na minha mãe.

─ Ah não... temos que ir lá. ─ Rae caminhou até a porta.

─ Não, não podemos Rae, se não ele pode fugir. Temos que esperar a polícia, eles já estão chegando. ─ Eleanor se sentou na beirada da janela e ficou esperando aflita pela polícia.

─ Certo. ─ Rae ficou andando em roda pelo quarto. ─ Como ele foi capaz, eu não acredito.

─ A polícia chegou. ─ Eleanor saiu correndo do quarto acompanhada de Rae, John ainda estava agredindo sua mãe, dois políciais arrombaram a porta e correram para tirá-lo de perto de Collete que estava caída no chão.

─ Mãe! ─ Eleanor correu para perto da sua mãe, seu rosto estava um pouco machucado.

─ Eu estou bem, Eleanor. ─ Collete conseguiu dizer.

─ A ambulância já está vindo. ─ Um dos policiais disse algemando John e em seguida dirigiu até a porta da sala. ─ Você fez certo em nos ligar, garota. ─ E saiu carregando John até a viatura da polícia.

─ Ele vai preso? ─ Rae perguntou olhando seu pai entrar na viatura.

─ Vai sim. Vocês tem algum responsável? ─ O outro policial perguntou.

─ Meu pai. ─ Eleanor disse ainda ao lado de sua mãe. 

─ Pois bem, ligue para ele, vocês não podem ir para o hospital, porque são de menor.

─ Tá. ─ Eleanor respondeu.

─ Estamos indo. ─ O policial saiu de casa e tentou fechar a porta, mas o trinco tinha sido arrancado. ─ Fiquem bem.

A Filha do meu Padrasto Where stories live. Discover now