15. Um 25 dezembro inesquecível

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A ceia acabou quase uma da manhã e todos foram para os seus respectivos quartos.
Eleanor estava sem sono de tão agitada que a noite fora. Ela tinha sentido muita falta da sua família paterna, apesar de pequena era muito animada. E Rae também havia amado, eles a receberam tão bem que ela se sentiu como um membro da família.

Avery estava sentada na beirada da janela contando algumas das suas melhores histórias para Eleanor e Rae que estavam deitadas na parte de baixo de uma das beliches.
Trinity e Gaten estavam sentados no colchão jogando sudoku.

 ─ Então foi isso, eu bati o carro do meu pai.  ─ Avery por fim concluiu o assunto.  ─ A moral é, nunca faça nada para impressionar alguém, isso pode custar a sua vida.

 ─ O papo está bom, mas agora quero saber quem vai dormir no colchão no chão.  ─ Gaten disse bocejando.

 ─ Suponho que eu, como penalização por não ter arrumado um namorado.  ─ Avery disse e se levantou da janela.

 ─ Não vou contrariar.  ─ Eleanor disse levantado as mãos.  ─ Você quer dormir na parte de cima ou não parte debaixo da beliche, Rae? 

 ─ Na verdade ela queria dormir em cima de você.  ─ Gaten disse rindo e Trinity jogou um travesseiro nele.

 ─ Eu sei disso.  ─ Eleanor piscou o olho. 

 ─ Prefiro do lado de baixo. 

Eles arrumaram suas camas, certificando de estarem com pelo menos três cobertores, porque provavelmente ia nevar de madrugada. 
Depois de todos deitados, Avery apagou a luz e também se deitou. Eleanor não via a hora de amanhecer.

♡!

Eleanor acordou cedo, todos ainda estavam dormindo, levantou-se e foi devagar até janela, tinha nevado e ela queria muito ir lá fora. 
Foi no banheiro, lavou o rosto, escovou os dentes e voltou para cama, ficou lendo um livro enquanto esperava alguém acordar. 
Quando deu oito horas, Gaten e Trinity se levantaram e foram tomar café. Eleanor desceu da sua beliche, deitou ao lado de Rae e beijou a sua testa.

 ─ Eleanor...  ─ Rae resmungou e cobriu a cabeça. 

 ─ Acorda, Rae. É Natal.  ─ Eleanor disse baixo para não acordar Avery.

 ─ Por que eu tenho que acordar agora?

 ─ Porque eu te amo. 

 ─ É sério isso.  ─ Avery se sentou no colchão esfregando os olhos.  ─ São oito da manhã e vocês já estão se declarando?

 ─ Não tem hora para amar.  ─ Eleanor disse sorrindo e saiu da cama de Rae.

 ─ Eu estou começando a ficar deprimida.  ─ Avery fez bico, como uma criança.  ─ Eu preciso de um namorado.

 ─ Não precisa, necessariamente, você quer um.

 ─ Quero, mas tenho preguiça. Você não tem?  ─ Avery se levantou e dobrou seus cobertores.

 ─ Preguiça de namorar, Avery? 

 ─ É, de dialogar. Não falta assunto?

 ─ Não, nunca parei para pensar nisso.  ─ Rae disse e também levantou e dobrou seus cobertores.

 ─ Mas e aí? Quando acaba, o que vocês fazem?

 ─ Nunca faltou assunto.  ─ Eleanor disse e subiu na sua beliche para a arrumar também.

 ─ Quando faltar eu sei muito bem o que vocês vão fazer.  ─ Avery sorriu desconfiada. 

 ─ Avery.  ─ Eleanor repreendeu Avery, mas acabou rindo.

A Filha do meu Padrasto Where stories live. Discover now