7

163 42 164
                                    

***
Oie, por favor, não esqueça do voto aqui.
Sua opinião é super importante pra mim, então, que tal dps me dizer oq achou? Obrigada pela leirura ^^

                       ***

— Não vem, é?

Dizendo ela. Mas sabe como é essas mina do asfalto, né? Tudo metida a dondoca. Quando menos espera, aparece aí, rebolando no baile. Essas mina são tudo igual.

GC se esticou na cadeira, e apoiou a cabeça nos braços.
Quando olhou para o rosto do chefe, não pode deixar de notar o ar pensativo do mesmo. Não pode deixar de notar, e nem de cutucar sua ferida mau sarada.

---- Tu ainda pensa na vadia, né, Coringa?

Coringa erijeceu na cadeira. Não gostava de lembrar disso, afinal, ja haviam se passado 4 anos. Mesmo assim, esse ainda era um assunto delicado.

— Penso no prejuízo que ela me trouxe, só issso.

Coringa abriu a gaveta de sua mesinha, e tirou uma nota de 50 e pó de maconha. O baile não demoraria a começar. Ele não gostava mas de ir, mas ia. Antes da festa começar, era praticamente impossível para ele não dar algumas tragadas antes. A droga era seu mais puro calmante.

Enrrolou o pó na nota, acendeu e levou a boca.

Coringa e alerquina, lembra? — GC começou, deixando coringa irritado. De fato, seu passatempo favorito — Tu tava mesmo gamado na mina, ela até te fez mudar de nome. Só não entendo porquê ainda não mudou de volta.

Provocou. Coringa, lentamente, pegou a arma encima da mesa, uma pistola, e começou a admirá-la. Queria dar um um tiro bem no centro da testa de GC, mas estava em uma fase ruim para perde "soldados". GC sabia disso, e por isso não o temia mais. Coringa percebia que não estava mas impondo medo. Isso, com certeza, era um problema.

Um problema passageiro, durante o baile, ele ensinaria uma lição para sua favela.

— O primeiro passo pra esquecer, é não se importa com aquilo que te faz lembrar. Eu não me importo. Mas tu deveria se importa. Se tu não passa por aquela porta agora — apontou, com a arma, para a mesma. Os olhos cinza ficando cada vez mais escuros — Eu não garanto que tu continue vivo.

Calma, chefia — levantou as mãos para o alto, fingindo rendição — Já tô vazando.

O traficante levantou da cadeira, pegou sua arma e guardou-a no cós da bermuda, e cobriu com a blusa.

Passou pela porta. Mas foi audacioso o suficiente para volta e deixa a vista somente sua cabeça pela abertura, antes de dizer: — Topetinho ta devendo uma grana alta. Se liga na irmã dele. Só cuidado, ela não tem cara de gosta de homem cheio de viadagem, não.

E saiu, deixando coringa em extremo estado de fúria. Eu devo tá muito maricas, mesmo. Esse fudido vai ver o que é bom. Ah, se vai, pensou, dando um forte soco na mesa. Os papéis e balas de fuzil encima dela caíram no chão.

Droga! — exclamou, abaixando-se para juntar tudo. Só faltava surgi fumaça de seus ouvidos e cabeça, de tão irado que estava, como nos desenhos animados — Toda essa porra aqui, é minha. E hoje eu vou bota ordem nessa merda.

Pegou o radinho, e encostou-se, confortável, na janela, tendo uma visão privilegiada da quebrada. O sol já deitava no orizonte.

Tito, fica na passagem. Se a irmã do topete não aparecer até as 11, me avisa.

Intercambiáveis.Where stories live. Discover now