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Oie, por favor, não esqueça do voto aqui.
Sua opinião é super importante pra mim, então, que tal dps me dizer oq achou? Obrigada pela leirura ^^***
— Não vem, é?
— Dizendo ela. Mas sabe como é essas mina do asfalto, né? Tudo metida a dondoca. Quando menos espera, aparece aí, rebolando no baile. Essas mina são tudo igual.
GC se esticou na cadeira, e apoiou a cabeça nos braços.
Quando olhou para o rosto do chefe, não pode deixar de notar o ar pensativo do mesmo. Não pode deixar de notar, e nem de cutucar sua ferida mau sarada.---- Tu ainda pensa na vadia, né, Coringa?
Coringa erijeceu na cadeira. Não gostava de lembrar disso, afinal, ja haviam se passado 4 anos. Mesmo assim, esse ainda era um assunto delicado.
— Penso no prejuízo que ela me trouxe, só issso.
Coringa abriu a gaveta de sua mesinha, e tirou uma nota de 50 e pó de maconha. O baile não demoraria a começar. Ele não gostava mas de ir, mas ia. Antes da festa começar, era praticamente impossível para ele não dar algumas tragadas antes. A droga era seu mais puro calmante.
Enrrolou o pó na nota, acendeu e levou a boca.
— Coringa e alerquina, lembra? — GC começou, deixando coringa irritado. De fato, seu passatempo favorito — Tu tava mesmo gamado na mina, ela até te fez mudar de nome. Só não entendo porquê ainda não mudou de volta.
Provocou. Coringa, lentamente, pegou a arma encima da mesa, uma pistola, e começou a admirá-la. Queria dar um um tiro bem no centro da testa de GC, mas estava em uma fase ruim para perde "soldados". GC sabia disso, e por isso não o temia mais. Coringa percebia que não estava mas impondo medo. Isso, com certeza, era um problema.
Um problema passageiro, durante o baile, ele ensinaria uma lição para sua favela.
— O primeiro passo pra esquecer, é não se importa com aquilo que te faz lembrar. Eu não me importo. Mas tu deveria se importa. Se tu não passa por aquela porta agora — apontou, com a arma, para a mesma. Os olhos cinza ficando cada vez mais escuros — Eu não garanto que tu continue vivo.
— Calma, chefia — levantou as mãos para o alto, fingindo rendição — Já tô vazando.
O traficante levantou da cadeira, pegou sua arma e guardou-a no cós da bermuda, e cobriu com a blusa.
Passou pela porta. Mas foi audacioso o suficiente para volta e deixa a vista somente sua cabeça pela abertura, antes de dizer: — Topetinho ta devendo uma grana alta. Se liga na irmã dele. Só cuidado, ela não tem cara de gosta de homem cheio de viadagem, não.
E saiu, deixando coringa em extremo estado de fúria. Eu devo tá muito maricas, mesmo. Esse fudido vai ver o que é bom. Ah, se vai, pensou, dando um forte soco na mesa. Os papéis e balas de fuzil encima dela caíram no chão.
— Droga! — exclamou, abaixando-se para juntar tudo. Só faltava surgi fumaça de seus ouvidos e cabeça, de tão irado que estava, como nos desenhos animados — Toda essa porra aqui, é minha. E hoje eu vou bota ordem nessa merda.
Pegou o radinho, e encostou-se, confortável, na janela, tendo uma visão privilegiada da quebrada. O sol já deitava no orizonte.
— Tito, fica na passagem. Se a irmã do topete não aparecer até as 11, me avisa.
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Intercambiáveis.
Teen FictionDois irmãos com uma invejável situação financeira . Uma bolsista que sonha em ganhar o mundo, mas que, no final do dia, mal tem o dinheiro da própria janta. Um policial que ama, vive e morre pela profissão. E um morro, seu dono e os perigos que os...