Hell Soldier

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Acordei no sofá da casa de Zara com um dor de pescoço surreal graças ao material duro e também com dor de cabeça pela noite mal dormida

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Acordei no sofá da casa de Zara com um dor de pescoço surreal graças ao material duro e também com dor de cabeça pela noite mal dormida. Sentei-me, me espreguicei e soltei um gemido de dor. Levantei do sofá e fui em direção à cozinha, encontrando o novo colega de quarto de Zara.

- Bom dia, soldado do inferno - cumprimentei.

- É Soldado Invernal - respondeu amargamente.

- E o que eu disse? - provoquei.

- Soldado do inferno.

- Não vi diferença - dei de ombros.

James encarava a máquina de café, claramente tendo um batalha interna. Olhei para ele e para a cafeteira com as sobrancelhas cerradas e apertei o botão de ligar, fazendo Barnes dar um pulo de susto. Soltei uma gargalhada, jogando a cabeça para trás.

- Como você fez isso? - perguntou assustado.

- Magia - brinquei. - Isso se chama tecnologia - peguei um copo no armário e o enchi de água.

- O que rola entre você e o garoto do apartamento do lado? - me engasguei com a água.

- Nós somos vizinhos, ué - tossi, batendo em meu peito. James me lançou um olhar de descrença - E eu descobri ontem que ele tem uma queda por mim - falei como se não fosse nada demais. - Meu Deus, você é irritante - reclamei.

- Uma adolescente me dizendo que sou irritante - comentou - Isso é novidade.

- Meu avô me perguntando sobre garotos também é novidade.

- Não sou seu avô.

- Você tem idade pra ser meu avô - rebati.

- Seu avô seria bonito assim? - questionou com um sorrisinho convencido.

- Em 1917 talvez.

Após tomar café da manhã, saí do apartamento de Zara, mas antes que eu pudesse destrancar a porta do meu, ouvi alguém me chamar.

- Peter? - esse garoto vive no corredor? Que porra é essa?

- Oi - disse baixo, tímido - Sobre ontem...

- Não. Tudo bem - o interrompi enquanto balançava minhas mãos - Você não me deve explicações, eu só estava te provocando - soltei um riso tímido. - Você tem todo o direito de sair do seu apartamento a hora que quiser, não vou contar pra sua tia, nem nada - garanti. - Tá tudo bem.

- Eu só... - suspirou, passando as mãos no rosto - Desculpa ter te enchido de perguntas.

Assenti com um sorriso genuíno e compreensivo no rosto.

- Tudo bem.

- Tchau - eu o ouvi murmurar antes de entrar em sua casa.

Soltei um suspiro e joguei minhas chaves na mesinha de centro.

- Mia! Bom dia - minha mãe disse saindo de seu quarto. - Já tomou café?

- Sim, eu dormi na Zara.

- Ah, é? Não tinha percebido - comentou. Lógico que não tinha.

- Vai sair? - perguntei.

- O hospital me ligou - colocou sua bolsa no ombro - Tem um paciente precisando de cirurgia de emergência.

- Achei que fossemos passar o dia juntas - falei triste.

- Não vai dar, filha - deu um beijo em minha testa - Qualquer coisa é só bater na porta dos Parker, ok? Chame o Peter pra vir aqui! - sugeriu - Tem dinheiro na gaveta da cozinha - assenti. - Tchau!

- Mas eu nem sou mais amiga do Peter...-murmurei para a sala vazia.

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Ao ouvir batidas na porta, levantei da cama e bufei alto, jogando a cabeça para trás.

- Zara, eu juro por Deus, eu não vou... - abri a porta bruscamente - May! Oi - cumprimentei surpresa - Desculpa, eu achei que fosse...

- Tudo bem, querida - sorriu - Sua mãe me disse que iria trabalhar até tarde hoje, certo? - dei um sorriso triste para ela e assenti. - Por que não janta em casa? Pelos velhos tempos - balancei a cabeça.

- Não precisa, sério - falei - Minha mãe me deixou dinheiro e também tem sobras de macarrão na geladeira.

- Por favor, Mia. Eu insisto - pegou em minha mão carinhosamente - Quando foi a última vez que você entrou em nosso apartamento?

- Eu... - soltei um riso fraco - Realmente não lembro.

- Então! - exclamou - Venha jantar conosco!

- Tudo bem - cedi - Só vou trocar de roupa e vou.

- Perfeito - sorriu e bateu palma, fazendo-me rir. - Até daqui a pouco.

- Até - eu disse.

Fechei a porta e corri até meu quarto para pegar meu celular para ligar para Zara, que atendeu após o segundo toque.

- Mia? - disse confusa - Por que você está me ligando? Você sabe que moramos há menos de cinquenta passos uma da outra, né?

- May Parker acabou de me convidar pra jantar - contei, ouvindo Zara abafar o riso em seguida. - Zara!

- Você vai? - perguntou, sendo possível perceber que ela estava achando toda a situação engraçadíssima.

- Claro que vou - respondi - Eu não sei falar "não" para pessoas mais velhas.

- E você me ligou porquê...?

- Eu realmente não sei o que fazer.

- Vai jantar, ué - disse - Mais alguma coisa que eu possa te ajudar? - bufei.

- Não. Tchau.

Desliguei a chamada e joguei meu celular na cama. Por que concordei com esse jantar?

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Aproveitando pra fazer uma divulgaçãozinha:

se tiverem interesse em ler outra fanfic com o Peter, passem no meu perfil e deêm uma olhada em My Demons!!!!

Sadderdaze - Peter ParkerOnde as histórias ganham vida. Descobre agora