Nas Asas do Anjo

Capítulo 5 - Uma Conto Celta

Mais um capítulo para vocês!

A música de hoje é Celta! Kkkk
Se quiserem escutar essa do capítulo é só pesquisar no YouTube "música celta".

É gostosinha de escutar enquanto lê, experimentem 😉

Ps: acabei de descobrir que adorei música celta kkkk

Boa leitura, meus lindos!

Favoritem e comentem ❤️⭐️

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Assim que chegue em casa fui direto para o meu quarto descansar, porque apesar da casa de July ser super confortável, não existe lugar nenhum mais aconchegante do que o nosso cantinho.
Despertei ainda um pouco sonolenta com leves batidas na porta.

—Pode entrar - murmurei ainda meio grogue.

Minha mãe entrou, fechou silenciosamente a porta atrás de si e sentou-se na beira da cama, próximo dos meus pés e percebi que ela carregava carregava consigo um livro que aparentava ser extremamente vê-lo, mas que ao mesmo tempo tinha sua beleza rústica, ele era de couro marrom já bem gasto com suas quinas envoltas pelo o que padecia um metal dourado, ouro, talvez. Ela acomodou o livro sobre o colo e encarou meu pés com o rosto confuso. Voltei meus olhos para eles e... Droga! Tinha esquecido de que eles estavam encaixados por conta do pequeno acidente e que ela não sabia de nada!

—Como conseguiu essa atadura? - me perguntou em tom acusatório.

—Eu... tropecei numa pedra no jardim de July no dia da festa, sabe como eu sou toda atrapalhada - dei um sorriso amarelo.
E eu não estava mentindo, bom, só ocultei as circunstâncias que me levaram até a pedra.
Ela me encarou por um momento como se desconfiasse de alguma coisa mas acreditou, porque sabia como eu era um desastre ambulando, conseguia tropeçar em meus próprios pés mesmo em um lugar totalmente plano e livre de obstáculos.

—Você está aqui para...? - indaguei curiosa, já que era extremamente raro ela vir até meu quarto.

—Falar sobre nossos antepassados, sobre sua avó. - ela desviou dos meus olhos e comprimiu os lábios antes de continuar.

—Mãe, para de suspense! - mais uma informação sobre mim, eu odiava, com todas as minhas forças, suspense.

—Há muitos e muitos milênios existiu uma sociedade de pessoas que possuíam dons, os Celtas. A história de como esses poderes surgiram é longa. Alguns diziam que eram semideuses, mas a realidade não era realmente essa.
Certa vez o acampamento onde viviam começou a ser enfestado por doenças que nunca tinham visto e que nada curava. O líder da tribo, Ithórian Denzel, ficava cada vez mais enfurecido com si próprio, pois via seu povo ser exterminado e não sabia o que fazer para salvá-los. Ele caminhou durante a luz do sol e pela penumbra da noite.
Não comeu nem bebeu por três dias seguidos até chegar no topo da maior montanha da península celta. - ela parou e encarou a janela ao seu lado que mostrava o crepúsculo acontecendo e então voltou a falar.
—Quando chegou até seu destino era o amanhecer do quarto dia, ele clamou ao Criador por ajuda. Implorou para que os anjos o ouvissem.
Ao cair da noite, já sem voz e muito fraco pela longa jornada, estava quase se entregando aos braços da escuridão quando uma luz intensa irrompeu a noite. Seus olhos não acreditavam no que via, era o Criador. E foi ali, no meio da noite, onde Ele, comovido pela tenacidade e amor do homem por sua tribo, decidiu conceder o maior desejo de Ithórian, mas antes precisava de uma prova de que ele era realmente merecedor de receber. Deus tocou a alma dele, a dor que o toque divino causara era tão excruciante que somente aqueles que não possuíam trevas no espírito e um coração puro conseguiriam suportar. Após angustiantes horas, a dor finalmente cessou, e o Criador pôde ler cada canto da mente, alma e intenções de Denzel, e teve a confirmação de que se um poder fosse concedido a um mundano, teria que ser Ithórian.
Assim foi feito, o Criador concedeu o poder dos quatro elementos, água, ar, fogo e terra, e mais o dom de manipular parte da energia celestial para curar seu povo.
O Senhor sabia que um homem tão bom quanto aquele poderia fazer feitos grandiosos, então concedeu-lhe a imortalidade. Mas a isso o homem recusou dizendo "Do pó fui feito e a ele quero retornar". O Criador, afeiçoado ao bom coração decidiu que Ithórian teria, sim, a imortalidade, mas quando sentisse que sua missão estivesse terminado, ele passaria seus poderes para o seu descendente, que segundo o próprio Deus, teria o mesmo coração bondoso e alma guerreira de Denzel.
Por fim, o homem aceitou, retornou a seu povo e os curou. E essa é a verdadeira história da origem dos druidas. - minha mãe terminou de contar a lenda com um ar nostálgico.