Capítulo 7 - Lei de Murphy

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Música: Hold on - Chord Overstreet

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"Dias melhores virão"- eles dizem. Mas o interessante é que nunca ouvimos ninguém falar sobre dias piores.
Talvez só a Lei de Murphy pudesse descrever o que estava acontecendo: "Se alguma coisa pode dar errado, dará, da pior forma possível"

Minha mãe e seu namorado, David, levantaram-se assustados com a brutalidade com que a porta foi aberta.

—Clarkson, o que está acontecendo? -minha mãe berrou.

—Você ainda me pergunta, Celina!? - ele debochou.

Minha mãe e eu ficamos sem entender nada, mas o namorado dela parecia estar calmo, calmo até demais.

—Pelo menos agora eu sei de onde vinha o cheiro doce que senti aqui. Isso é magia demoníaca! - papai gritou possesso de raiva enquanto sacava uma lâmina que parecia reluzir como o sol.

O namorado da minha mãe olhar para as unhas e disse de forma entediada:
—Ora, Ora, até que enfim alguém descobriu! Já estava farto de ter que bancar o namorado babaca.

Assim que terminou de falar ele brandiu a mão e um chicote metálico negro surgiu cortando o ar e fazendo um chiado como um fio desencapado.

Meu pai ergueu a espada e a mesma ganhou mais brilho do que meus olhos eram capazes de enxergar.

—Quem é o demônio que nesta casca habita? - papai falou com voz contida, mas suficientemente feroz para fazer a minha espinha gelar.

—Ah, pode parar de formalidades, Rafael! Sei que está velho, com seus 7.000 anos nas costas, mas esquecer logo de mim? - sua risada foi tão áspera quanto um ranger de metal.

—Bamelhatazar! Você se submetendo a trabalhos tão inferiores quanto se apossar de uma casca! -com um estalar de língua papai continuou- Sinceramente, esperava mais!

Assim que terminou de falar, papai avançou em direção do quer que fosse aquela criatura. Os gemidos agudos que eram proporcionados pelo encontro a espada com o chicote eram tão altos que pareciam capazes de estourar os meus tímpanos a qualquer momento!
Minha mãe, que até o momento parecia petrificada dentro de uma bolha, finalmente acordou. Seus olhos foram ganhando uma colocaram esbranquiçada e pareciam emitir luz própria, seu corpo começou a emanar uma áurea dourada.
E eu encarava sem reação a cena que se desenrolava a minha frente.

—Você me enganou, fez eu acreditar em você! Coloquei você perto da minha filha, seu desgraçado! - minha mãe vociferou com a força de uma tempestade.

A luz da casa começou a piscar e rajadas fortes e frias de vento forçavam as janelas, até que por fim, elas cederam.
Das mãos de Celina algo parecido com cordas de energia dourada se desprenderam e imprensaram David, ou quem quer que ele seja, contra a parede. O demônio tentou soltar-se, mas era uma luta em vão.

Clarkson empunhou a espada e a colocou na direção da criatura.

—O que você procura? - indagou.

Papai teve como resposta um sorriso sínico.

—Vou perguntar uma última vez: O que você procura?! - ele passou a do pescoço até a barriga de David, mas ao vez de sair sangue, saiu um líquido preto e muito espesso, parecia petróleo.

—A criança - Bamelhatazar apontou para mim.

Os olhos dos meus pais voaram até mim.
—O que tem ela? - perguntaram em uníssono, alarmados.

Nas Asas do AnjoOnde as histórias ganham vida. Descobre agora