Capítulo XII: Lena não dá entrevistas e Kara ainda ama arte

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NA: temos uma capa nova, vocês gostaram?



Kara estava saindo da CatCo após um chamado extraordinário e urgente para uma reunião com ninguém menos do que Cat Grant. Quando a dona do império midiático que começou sua carreira te chama para qualquer coisa que seja é um bom conselho apenas obedecer.  Assim foi feito. Mesmo que na realidade a dita reunião fosse apenas um enorme monólogo entre ela e Kara, regado de sua acidez habitual e a designando para um trabalho de ultima hora. Não era sequer urgente, mas aparentemente a mulher gostava de se divertir quando colocava alguma correria nos ombros de quem quer que fosse. 

Ela ainda era só uma repórter júnior, sem qualquer matéria de capa ou furo de reportagem imperdível, muito embora vários de seus artigos acabassem aparecendo nas citações inferiores de edições passadas.
Não que aquilo fosse grande coisa se ela parasse para analisar como suas matérias sobre imigração alienígena e as lutas de Supergirl ficavam abaixo das citações de "Jeans de cintura alta, usar ou não? Temos a resposta final".

Ao menos ela gostava de buscar a verdade a cada nova reportagem, colocando seu esforço máximo naquilo como se fosse tão importante quanto suas lutas de capa pela cidade, algo que para ela realmente eram. Aquele era o trabalho de Kara Danvers e ele importava.

Por isso, ao sair da revista Kara estava determinada a de fato conseguir realizar a tarefa que Cat havia lhe incumbido de cumprir. A rainha da mídia de National City havia lhe ordenando (com seu usual sarcasmo) que conseguisse com seu aparente dom mágico para exclusivas com a Supergirl, uma entrevista com a CEO da L-Corp.

Ocorre que, Lena Luthor não dá entrevistas. Nunca. Todos os seus pronunciamentos públicos são feitos através da sua assessoria de imprensa nas contas oficiais da empresa e todos os repórteres da CatCo que tentaram alguma coisa no novo prédio não conseguiram passar nem da portaria. Como diabos ela conseguiria ainda era um mistério, mas ela precisava conseguir.

Era impossível que uma entrevista com a mulher que toda a mídia da Costa Oeste estava morrendo para falar não fosse à matéria daquele mês. Ainda mais agora que a expansão comercial da companhia havia chegado a National City e todos pareciam dispostos a qualquer coisa para acompanhar o que tinha a dizer a mulher responsável por fornecer todas as provas que condenaram seu próprio irmão há 32 prisões perpétuas. A ultima Luthor de pé. Uma bilionária de vinte e cinco anos.

Por Rao, como ela teria uma chance?

A loira pensou em talvez sobrevoar um pouco a cidade e quem sabe se apresentar para a nova CEO como Supergirl, mas era inútil para sua entrevista e de quebra ainda sabia que Alex a mataria se soubesse. O DEO havia decido manter uma vigilância ligada nos passos daquela Luthor mesmo que por pura precaução. Kara achava a coisa toda ridícula.

Havia sido Lex Luthor quem havia tentado matar Karl, quem havia explodido o Congresso e matado todas aquelas pessoas. Não parecia justo condenar uma pessoa diferente e manter sua vigilância sobre ela só por ela ter o mesmo sobrenome. Todos deveriam ser julgados pelos próprios erros, não crucificados por equiparação.

Supergirl não seria inimiga de Lena Luthor sem uma razão.

Ainda assim, Kara não cumpriu a ideia de voar até ela, só continuou andando em direção ao seu café favorito. Enquanto não tinha um plano descente de como conseguir a entrevista seria bom só caminhar um pouco e observar quem passava do seu lado na rua.

Ela não sabia por que sempre olhava com atenção para o rosto de quem cruzava, como se uma parte sua estivesse sempre procurando por algo ou alguém de quem ela não conseguia lembrar. Sua única certeza era de como aquela sensação era constante, como se precisasse continuar procurando.

- Qual o seu nome? ⌛ supercorpWhere stories live. Discover now