Capítulo XIV: Memórias vem do amarelo e o pijama de girassóis retorna

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No mesmo piscar de olhos que a explosão aconteceu, Lena sentiu que estava sendo puxada na direção do chão. Seus olhos fecharam por instinto e seus punhos fizeram o mesmo ao se prenderem a gola do suéter de Kara.

A única coisa que ela sentiu foram aqueles braços ao seu redor.

Não houve impacto. Pelo contrário, outra força a puxou para frente, muito mais veloz, muito mais certeira e o som de madeira quebrando a fez abrir os olhos assustada. Mas ela estava bem. Os braços de Kara ainda a mantinham no lugar com seu aperto firme e o quadro da sua sala de espera pareceu tremer acima delas.

Ao erguer a cabeça, Lena observou a porta destruída da sua sala e como não havia explicação física plausível para como elas caíram tão longe do seu sofá.

– Você está bem, Lena?

A CEO não conseguiu verbalizar uma resposta, mas sinalizou um "sim" movendo a cabeça e saiu de cima da repórter. Parte do seu suéter estava para cima, mas nenhuma pele de Kara estava exposta, só um pedaço azul significativo de um traje. Um traje bastante especifico para Lena esquecer.

Supergirl. – O nome da heroína saiu como reflexo. – Quer dizer-, eu... hm, desculpe.

Parecia apropriado se desculpar por descobrir tão acidentalmente a identidade secreta da heroína da cidade. Lena se sentiu um pouco envergonhada por isso. Kara, sem dúvidas, tinha razões mais do que suficientes para manter aquele tipo de informação o mais longe possível do conhecimento de uma Luthor.

– Eu que preciso pedir desculpas. Eu acabei com a sua porta.

Os destroços no seu escritório eram muitos e pareciam bizarramente ornamentados com os rastros de fogo que começavam se alastrar. Ao fundo ela pensou ter ouvido o som de sirenes dos bombeiros, mas, logo em seguida, ela ouviu os detectores do escritório serem acionados.

– Considerando que alguém explodiu alguma coisa no meu escritório e você salvou a minha vida, acho que a porta é um dano que podemos ignorar.

Kara levantou do chão ainda parecendo sem jeito e pareceu que iria tirar a poeira das próprias roupas, mas acabou mudando para as de Supergirl em um rasgo de velocidade. Quando a segurança da L-Corp invadiu sua sala de espera, Lena entendeu o porquê.

– Vou fazer uma checagem geral no seu prédio, senhorita Luthor. Podem haver outras explosões programadas.

Supergirl levantou voo bem na frente do seu quadro favorito da batalha de Metrópoles e saiu pelo enorme rombo no concreto recém-criado com a explosão. Por sua vez, Lena foi acompanhada por um de seus homens até a sala de segurança para checar se todos os seus funcionários estavam bem e, claro, procurar as filmagens daquela noite. Seu prédio tinha câmeras de monitoração tanto internas, quanto externas e deveriam ter captado algo.

Após um tempo considerável, a CEO foi recepcionar os policiais acionados para ir ao local. Ela acompanhou quando eles averiguavam o local onde ela trabalhava a menos de uma hora atrás. Tudo já parecia completamente irreconhecível e olhando para os destroços do que havia sido sua mesa, a CEO começou a processar de forma mais emocional a dimensão do que aconteceria se Kara não a tivesse salvado. Ela estaria morta.

Para sua surpresa a Supergirl retornou à L-Corp, ao mesmo tempo que supostos agentes do FBI se apresentavam no seu andar. Tudo bem que algum tipo de bomba explodiu no seu prédio, mas o que exatamente tinha de interesse federal naquilo?

– Agente Danvers. – Iniciou a mulher de cabelos vermelhos com o distintivo na mão. – Queremos sua autorização para analisar suas dependências subterrâneas. Temos indícios de que a explosão tenha sido apenas uma distração para uma invasão aos seus laboratórios.

- Qual o seu nome? ⌛ supercorpWhere stories live. Discover now