15. Oh c'mon

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MAYA POV

"Eu.. como é que... como é que sabes que eu fui a casa deles?" Gaguejei. 

Se ele descobriu o meu passado com o Zayn eu estou completamene tramada. O Harry é das melhores pessoas que eu já conheci e ele ajudou-me muito quando eu mais precisei, mas eu conheço-o demasiado bem para saber que ele não admite traições nem mentiras. Muito menos quando essas envolvem o seu pior inimigo.

"Eu pedi-te para não fazes nada estúpido!" Ele gritou. Os seus olhos verdem mostravam preocupação e eu por momentos senti-me desorientada. Então ele não está chateado?

"Como é que tu sabes que eu estive em casa deles?" Perguntei novamente na tentativa de descobrir aquilo que ele sabe.

"O Jason ligou Maya," Ele disse com uma expressão de nojo.

"O Jason?" 

"Sim. Ele ligou a ameaçar algo do género: 'diz adeus á tua querida amiga Styles'" O Harry ironizou fazendo aspas aéreas com os dedos. Ele estava furioso, eu notava isso. "O que porra tu foste lá fazer?" Ele deu um passo na minha direção. Eu desviei o olhar para o sofá onde estavam todos a olhar para nós como se estivessem a ver um filme. "Deixem-nos sozinhos." Harry pediu e eles rapidamente se levantaram, abandonando a sala.

Eu respirei fundo e andei para longe dele. "A Emma está no hospital por causa daquela cabra Harry, eu não podia simplesmente ficar quieta enquanto eles se ficavam a rir." Pronunciei com a voz trémula. Eu tinha vontade de chorar só de me lembrar que a Emma estava em coma. Uma das pessoas mais importantes da minha vida estava em coma.

Harry aproximou-se e pousou as suas mãos nos meus ombros, virando-me para ele. Ele estava preparado para gritar comigo quando se apercebeu das lágrimas a descerem pela minha face. "Hey," Ele sussurrou, tomando-me nos seus braços. "Desculpa," Segredou no meu ouvido enquanto eu soluçava contra o peito dele.

"A Emma é a minha melhor amiga Haz, eu não vou aguentar se a perder," Disse entre soluços e ele apertou-me com mais força.

"Shhh... Isso não vai acontecer." Murmurou contra o meu pescoço, fazendo com que a minha pele se arrepia-se.

"Eu tenho medo." Choraminguei e senti o coração dele a bater com mais intensidade.

"Eu sei princesa, eu sei." Suspirou e eu começei a chorar ainda mais. Porque é que eu sou assim? Porque é que eu sou tão fraca?

"Mas foi estúpido teres ido para lá sozinha, devias ter-me dito." Ele disse firmemente, afastando-me de forma a que eu o olhasse nos olhos.

"Eu sei," Funguei e ele assentiu levemente com a cabeça.

"Não voltes a fazê-lo. Eu fiquei preocupado." Murmurou numa voz baixa e eu abraçei-o com mais força, sem dizer uma única palavra.

( . . . )

"Eu passo pelo hospital depois das aulas para a ver. Por favor, não a deixes sozinha James." Quase implorei ao rapaz á minha frente, enquanto segurava a porta do carro aberta.

"Não te preocupes pequena. Vais estar sempre alguém lá com ela." Assegurou-me e eu assenti, antes de fechar a porta e arrancar com o carro.

A viajem até á universidade foi rápida e calma. Por incrível que pareça não derramei uma única lágrima durante todo o caminho e no fundo até estou orgulhosa de mim própria. Procurei o meu télemovel por todo o lado mas nada, ele não está no carro, nem está em casa. Eu devo tê-lo perdido durante toda a confusão de ontem á noite, por isso vou ver se compro um novo depois das aulas. Eu não posso andar sem telémovel, muito menos agora.

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