Notas:
Atualizei mais rápido, em forma de agradecimento pelos votos e comentários. Espero que aceitem a tentativa de mimo.
A família de Dario perante Alexandre reinava o oitavo cômodo da National Gallery londrina.
A cintilância de suas cores poderia competir com o carnaval de Veneza, atraindo olhares e causando encantos.
Se fosse uma mulher, o quadro de Veronese seria a garota mais bonita da festa.
De fato, era quase possível sentir seu vestido balançando ao som dos corações se partindo.
Narrava esplendorosamente o momento em que a família do então imperador persa, logo após sua derrota na guerra, se apresenta diante do conquistador Alexandre.
Retrata um episódio marcado de tensão, em que o destino daquele grupo dependia unicamente da discricionariedade do vitorioso bélico.
Acontece que, justamente no momento em que erros seriam especialmente custosos, a mãe de Dario se engana, e reverencia outro homem, achando que era esse o imperador.
Embora mais alto e igualmente bem adornado, Hephaesto não portava o título.
Dessa forma, Alexandre toma a frente e se apresenta, mas, surpreendentemente, releva a infeliz ação.
Diz que não há mal no erro, Hephaesto também é Alexandre.
Afinal, considera-o como seu braço direito.
O cão que pode ser visto no extremo da tela simboliza bem a restrição apresentada, a agressividade contida.
Pronto para atacar, é impedido, de forma que a diplomacia do imperador reverbera pelo quadro.
A composição do desenho, em que os corpos da família de Dario formam uma linha diagonal com Hephaesto e Alexandre, guia os olhos do observador em direção ao estopim da cena.
A plateia do seu fundo faz companhia à plateia tridimensional.
E, curiosamente, o próprio intérprete da imagem se percebe por um momento em dúvida quanto à identidade do seu sujeito principal.
Quem é Hephaesto, quem é Alexandre?
O quadro representava bem a confusão sentida por Camila, enquanto encarava sua própria adversária.
Quem era Lauren Jauregui?
De alguma forma, a mulher não se encaixava na ideia que ela formara... de uma louca desvairada, repleta de ódio.
A morena conversava em tom ameno, mesmo recebendo críticas.
Por vezes, aparentava estar se divertindo, até.
E de algum jeito... parecia tê-la enxergado.
Será que era psicóloga?
Bem, não interessava.
Estava ali com um único propósito.
“Foram esses os poderes de adivinhação que lhe conquistaram o bilhete de viagens...? Mas vou ser clara. Estou aqui porque preciso entender a origem do benefício caso vá utilizá-lo rotineiramente. A questão é, tem boa proveniência?”
Então era isso, Lauren refletiu.
Cabello estava ali para saber se o bilhete era fruto de suborno, estelionato...chantagem.
Era essa a ideia que tinha dela...
Sabia que era de se esperar, mas por vezes se esquecia da real situação entre as duas.
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Modulação Policromática
FanfictionA restauradora Camila Cabello finaliza seu mais recente trabalho para a National Gallery londrina, passando a orgulhosamente expô-lo em apresentações semanais abertas ao público. Em um desses eventos, entretanto, a obra é pichada por uma ativista, q...