Modulação Policromática

A Monarca do Vale

Notas:

Hey! Muitíssimo obrigada sobre a torcida pelo meu TCC!

Deu tudo maravilhosamente certo e estou pronta para atualizar com frequência agora.

Obrigada por terem me esperado de forma tão gentil e respeitosa.

Estou com tantas saudades de ler os comentários de vocês. Se puderem, mandem um oi!

Encarando o vale protegido pelas fontes da Trafalgar Square, Camila Cabello suspira, pela primeira vez em algum tempo honrando seu habitat natural.

No que parecia um cumprimento espirituoso da sua galeria, a seleção aleatória do Spotify inicia uma nova música.

Ai, Amor - ANAVITÓRIA

"Ei, fiz questão da promessa lembrar
Tu jurou minha mão não soltar
E se foi junto dela"

Precisava se redimir com seu amor.

"Ei, 'cê não sabe a falta que faz
Será que teus dias tão iguais?
Eu me pego pensando"

Sorrindo com o chamego, Camila inicia seu percurso.

"Ai, amor
Será que tu divide a dor
Do teu peito cansado
Com alguém que não vai te sarar?"

Ambas haviam sofrido investidas agressivas, mas poderiam lidar juntas com os danos.

"Meu amor
Eu vivo no aguardo
De ver você voltando, cruzando a porta
Parararara"

Logo percebe uma modificação do cenário.

Um painel enorme comunicava uma exposição temporária.

Competindo com seus fones de ouvido, seu batimento se acelera.

"Ei, diz pra mim o que eu quero escutar
Só você sabe adivinhar
Meus desejos secretos"

"Landseer's The Monarch of Glen - Exibição Temporária"

"Ei, faz de conta que não percebi
Que você não esteve aqui
Com teu jeito singelo"

Preenchida de afeto, Camila se lembra da sensação que a fizera se apaixonar.

Típica National Gallery, sendo esplendorosamente graciosa em seu convívio.

Fazendo-lhe se sentir viva.

O Monarca do Vale estava lhe aguardando na sala 1.

Emocionante.

Nunca havia lhe observado ao vivo.

Será que Sofi lhe reconheceria após essa experiência?

Tinha receio de visitá-la e ser recebida como uma estranha.

Se sentia nos bastidores do momento anterior a um divisor de águas em sua vida.

O Monarca do Vale...

Emprestado pelas National Galleries escocesas, certamente.

Era bom ser lembrada de que algumas viagens dos quadros eram bem sucedidas.

Agora, todos que quisessem apreciar aquele fenômeno mas não pudessem viajar até Edinburgh para tanto, poderiam apenas visitar o centro londrino.

Algumas viagens valiam a pena.

E que viagem!

Como ela, a pintura retornava para a galeria.

Mas essa havia demorado 167 anos para aparecer novamente...