Capítulo 21.

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Lana narrando.
Duas semanas depois.

Já tem duas semanas que minha irmã chegou, duas semanas que estou aqui em recreio curtindo meu momento com a minha família, relembrando os velhos tempo, relembrando o quanto eu era feliz, feliz de verdade. Caíque ficou puto quando eu disse que viria pra cá, inventou mil desculpas pra não deixar eu vim, como ele viu que não iria ter chances, resolveu abrir uma excessão e deixou, nos vemos todos os dias, lógico que a noite, também não deixei ele soltinho assim não, tenho meus espião que vive de olho nele e me conta cada passo do que ele faz.

— mas e tu vai me da um sobrinho quando?
— eu to nova pra isso Lívia - revirei os olhos.
— tenho 19 anos e já to com dois filhos - disse rindo - quer ficar pra titia é?
— mas ai você teve filho com um cara maneiro, trabalhador, diferente do caíque - suspirei - vocês tem uma vida tranquila, colocar filho no mundo agora, não seria bom - balancei a cabeça.
— mas você sempre quis ter filho com ele, dizia que era o homem perfeito, queria casar e tudo - imitou minha voz.
— isso foi no começo, nós sempre tem aquela idéia do homem perfeito, até passar a conhecer ele de verdade - encostei minha cabeça na cadeira.
— ai Lívia - colocou a mão no peito - ele é perfeito, é o meu príncipe encantado - falou me imitando e eu dei risada.
— príncipe que virou sapo - balancei a cabeça.
— gente só passa por aquilo que nos permitimos passar - me lançou um olhar sério.
— não penso dessa maneira - mordi o lábio - quando tu ama uma pessoa, você faz tudo pra está com ela, passa por coisas que jamais imaginou passar, quando tu ama, você vive para aquela pessoa, como se ela fosse tua vida - olhei pra ela.
— é ai que ta, tu vive tanto pra essa pessoa, que acaba se esquecendo de ti - balançou a cabeça.
— é fácil falar quando não é você que passa por essa situação - olhei pro céu - se você amasse como eu amo, talvez entenderia - fechei os olhos.
— não passo, mas tenho uma irmã que passa, você deveria parar de pensar assim, é por isso que vive desse jeito.
— você ama o junior? - desviei meu olhar pra ela.
— eu me amo Lana, homem nenhum merece nosso amor - deu um tapa no meu ombro e saiu.

Fiquei por horas deitada na cadeira, olhando pro céu e pensando nas coisas que a Lívia me disse, fiquei tando tempo pensando que só me dei conta, quando a minha mãe estava do meu lado falando comigo.

— o que foi minha princesa? - alisou meu cabelo.
— Lívia me dando conselhos como sempre - sorri sem mostrar os dentes - parece até que sou a mais nova.
— Lívia amadureceu bastante, nem parece aquela adolescente rebelde que eu tinha que ir buscar nos bailes - demos risada - filho trás muita responsabilidade e muita mudança também - disse olhando pra minha sobrinha que corria pela casa.

As horas foram se passando, me joguei na piscina junto com a minha sobrinha, que era a coisa mais linda do mundo, Lívia tem duas meninas Alícia que tem 3 anos e Júlia que tem 1 ano e 4 meses, são as coisas mais linda do mundo, apesar da pouca idade Alícia é bem inteligente e faladeira.

— aquele ursinho, mas mamãe não quer comprar - fez bico.
— a tia compra pra você ta bom? - sorri.
— eba - me deu um abraço apertado.
— já falei pra parar de fazer os gostos dela - revirou os olhos.
— tem medo dela ficar mimada quem nem a mãe? - dei risada.
— vai da o cu garota - jogou a bola na minha cabeça.
— olha o que você fala perto da menina - balancei a cabeça.
— não vi ela ai - sentou na borda da piscina - desculpa filha.
— to com fome - passou a mão na barriga.
Lívia: vem comer - pegou ela no colo.

Fiquei mais um tempo na piscina conversando com meu cunhado, que era uma graça, de dez palavras que ele falava nove era palhaçada e uma era séria.

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