Capítulo 47.

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Carla narrando.

— eu já te pedi desculpas - levei a mão até os cabelos.
— e tu acha que vai adiantar alguma coisa? - segurou meu braço — fala pra mim Carla - me empurrou contra a parede.
— você disse que não queria ter filho comigo - me recompus — você disse.
— essa parada não te dá o direito de fazer o que tu fez porra - esfregou o rosto.
— achei que fosse o melhor a se fazer - falei baixo.
— o melhor pra tu? - silêncio - pra continuar na cachorroda que tu chama de vida? - balançou a cabeça.
— pra você é fácil falar e você ia largar sua "vida" — fiz aspas com a mão — por causa de filho? - dei risada sem humor — é claro que não, então não seja hipócrita, o que você menos queria era ter filho comigo e eu não iria me prender não, não iria deixar de curtir a minha vida por causa de filho - bati nos peitos— me arrependo sim, eu não tinha o direito de interromper uma vida, mas você o que menos tem é moral pra falar da minha vida, não quando a vida que tu leva é pior que a minha.
— e tu acha maneiro falar essas paradas? Sou sujeito homem porra, nunca fugi das minhas responsabilidades, sou moleque não porra - passou a mão na cabeça.
— mas age como um, se eu tivesse grávida de outro não teria abortado, porque sei que meu filho teria um pai de verdade.
— isso não justifica tuas atitudes, deixa de ser infantil caralho - balançou a cabeça rindo — então o problema sou eu? Quando eu agi na molecagem contigo? Papo reto Carla tô perdendo a guarda contigo, vou meter meu pé antes que eu perca a sanidade.
— sempre foi você, é santo ele - debochei — a porta tá aberta, não foi ainda?
— é isso mesmo po, só fé aí - colocou o boné e saiu.

Me joguei no sofá e por ali fiquei, mandei mensagem pra Lana e fiquei conversando com ela, minha mãe apareceu na sala acompanhada pela Bruna que não pensou duas vezes em soltar seu veneno.

— achei que você era melhor que isso carlinha - deu risada.
— tá falando comigo? - olhei prós lados e arquei a sobrancelha.
— não se faz de pão cunhada - se sentou no braço do sofá — me julgou tanto e acabou cometendo os mesmo erros que eu, se bem que eu sempre achei que você fosse dessa laia - me olhou e deu risada.
— você não perde tempo mesmo em, da mesma laia que você? - balancei a cabeça negativamente — não preciso engravidar pra prender um homem, aliás isso é o que não me falta - deixei meu celular em cima do sofá e me sentei — eu achei que você era melhor que isso - dei risada — só toma cuidado "cunhada" — fiz aspas com as mãos — se a lana aparecer agora você sabe o que te acontece, afinal caíque é louco por ela né? - ela ficou quieta — não basta ser piranha ainda é burra - me levantei — abre teu olho bruna, você saber que esse teu casamento não vai pra frente - toquei na ponta do seu nariz e saí rindo.

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