Capítulo 13

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Ryan bocejou ao despertar pela manhã, por conta da sonolência que ainda possuía. O seu desejo era de permanecer deitado, mas não pôde desvencilhar-se do instinto profissional que o esperava em algumas horas. Sendo assim, antes que seu corpo o levasse a dormir novamente, pôs-se de pé e seguiu para o banheiro a fim de se banhar para aliviar o sono. Só um choque térmico para despertá-lo completamente, no entanto, um banho frio já lhe foi o suficiente, apesar que um banho quente primeiro e um frio conseguinte, o deixaria acordado mais rapidamente.

Após o banho, arrumou-se e seguiu para a cozinha com o intuito de fazer seu desjejum e, assim que ele colocou os pés no cômodo, ouviu um tinir da campainha e ele se perguntou quem poderia ser naquela hora da manhã, indo até a porta, abrindo-a e vendo Kevin com uma sacola à amostra na mão, com um sorriso largo no rosto, dando-lhe um bom dia, questionando se poderia entrar. E Ryan permitiu, indagando o motivo de ele estar ali tão cedo.

— Vim tomar o café da manhã com você.

— Como sabia que eu ainda faria o meu desjejum? — indagou.

— Não sabia.

— Não precisa trazer nada. — Ryan falou voltando para a cozinha e Kevin o seguiu.

Eles fizeram a primeira refeição do dia sem silêncio algum, antes dialogaram bastante sobre muitas coisas assim como relembraram acontecimentos passados, do tempo em que eles ainda estavam na universidade.

— É uma pena que não somos mais a tríade de melhores amigos. — Kevin mencionou e abaixou a cabeça num semblante entristecido.

— Infelizmente, mas as coisas acontecem da maneira que tem que acontecer. — Ryan afirmou e Kevin assentiu calado.

Preferindo mudar o assunto, indagou se ele já iria para o trabalho e Ryan logo assentiu. No entanto, sem a mesma empolgação que sempre tivera e Kevin prestou atenção a isso.

— Desde quando tu estás sem ânimo para trabalhar?

— Desde o momento em que acordei.

— Isso é novo. Tu és a única pessoa que eu conheço que ama passar o tempo que for sentado numa mesa analisando papéis e assinando contratos ou tentando dar uma de esperto para cima de outras empresas, por conta do poder de persuasão.

— Se eu tivesse esse poder de persuasão, como dizes, eu já teria conseguido fazer Melanie aceitar a minha proposta.

— Quem? Aquela loirinha que eu vi ontem?

— Sim.

— Que proposta? Não me diga que... — Ryan o interrompeu.

— Sim, é exatamente o que você imagina.

— As difíceis são as melhores. — Kevin, proferiu e Ryan bofeteiou sua cabeça levemente em repreensão e ele resmungou.

— Ela não é qualquer uma! Ela é especial, muito especial para mim.

— Tudo bem. Bom, se ela é tão especial como dizes não desista dela. E se você a ama ou tem algum sentimento por ela, então...

(...)

Praticamente do outro lado da cidade estava Melanie, deitada na cama com um lenço na mão, coberta com o lençol, sentindo a coriza vir a todo instante em suas narinas; e mais uma vez ela soou o nariz e o irmão se aproximou dela nesse momento, observando-a. Ele a tocou percebendo o quanto se encontrava quente. Ela estava com febre, mas não havia remédio em casa. O menino, então, saiu em disparada do quarto, buscando a bolsa dela a fim de encontrar algum número telefônico, pois não teria como falar com a senhora que cuidava dele no momento por estar viajando, porém não encontrou nenhum. Mas, ao vasculhar as coisas da irmã, achou o bilhete que Ryan dera junto as flores, e lembrou-se dele decidindo recorrer ao mesmo. O garoto logo abriu a porta da casa e a fechou, em seguida, indo, abruptamente, até o ponto de táxi mais próximo; e assim que um táxi surgiu, ele estendeu a mão para que ele parasse.

Segunda chanceWhere stories live. Discover now