Parte três ·

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Atualmente, Julho 2018

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Atualmente, Julho 2018.

Já fazia alguns dias que havia permitido a entrada do meu pai em meu apartamento de novo.
Quando ele me ligou semana passada, não aguentei ao ouvi-lo dizer que sentia minha falta e que me amava muito. Sua partida me machucou profundamente, mas eu o amava, eu ainda o amo demais. Thomas Swath é meu pai e mesmo depois de anos e mágoas eu o amo.

Eu o amo e sinto sua falta. Então pedi que ele viesse em meu apartamento, ele não hesitou, no mesmo dia ele apareceu aqui e me abraçou como antigamente.
Me segurei muito para não chorar, conversamos bastante sobre coisas diversas sem tocar os assuntos mais delicados, quando chegou sua hora de ir eu o abracei e agradeci por ter vindo. Ele atravessou a porta e eu desabei.

Chorei como um bebê. Chorei como no dia em que ele me deixou, mas eu chorei ainda mais de alívio. Por saber que meu pai ainda estava aqui para mim. Que mesmo eu o mandando embora ele estará aqui para mim. Sua presença me reconfortou, sua voz me relaxou, conversar com meu pai depois de anos foi bom. Agora eu entendo porquê minha doce queria tanto que eu me reaproximasse dele, é a saudade, ela queria que eu sentisse a saudade dos velhos tempo, do tempo em que ele ainda estava lá, aí eu saberia e entenderia que o amor falaria mais alto que a mágoa.

Amy me entendia como ninguém, ela sentia exatamente o que eu sentia, a dor da perda. Nós perdemos e nos encontramos.

Hoje eu o chamei para vir novamente. Sua resposta foi "claro, filho." Meu coração errou algumas batidas, há anos eu não ouvia ele me chamar assim, quando ele me chamou há alguns meses eu não senti o impacto delas. Não como agora. Preferi fingir que não me importava com tal palavra "filho" mas a real é que eu amo meu pai, quero ouvi-lo dizer isso outras vezes e o quero perto de mim.

Como nos velhos tempos.

Três batidas são dadas na porta. Existe a campainha, porém ele disse não gostar do som que o mesmo emite.
Caminho até a porta abrindo-a e dando espaço para ele entrar, seu olhar é um pouco perdido. Ele ainda se sente fora da zona de conforto e eu não o culpo, eu o expulsei daqui da outra vez.

   — Keegan. — fala meu nome formalmente com um aceno de cabeça.

Mesmo tendo conversado por horas semana passada, ele ainda está recluso em se aproximar mais. Ele não quer forçar nada e eu o agradeço por isso e por não ir embora outra vez.

   — Obrigado.

   — Pelo o que? — indaga confuso.

   — Por ficar.

Meu pai me encara por alguns segundos que mais parecem minutos e então me abraça.
Seu abraço é quente e paterno.
Ganho leves batidas nas costas, sinto minha blusa molhada, meu pai está chorando.

Eu te amo, Keegan.Dove le storie prendono vita. Scoprilo ora