VERSÃO RASCUNHO / RETIRADA PARA REESCRITA EM BREVE
Keegan Fuller, já sentiu na pele como é se sentir no fundo do poço. Aos 16, descobriu que sua mãe estava doente, seu pai que sempre dizia que os amava, os abandonou. O moreno era apenas um adolescen...
Oops! This image does not follow our content guidelines. To continue publishing, please remove it or upload a different image.
Há seis anos, Novembro 2012.
Eu havia omitido para ele minha doença por meses e agora estou mentindo. Na consulta que fiz meses atrás, o doutor disse que por eu ter passado muitos anos sem tratamento e sem o devido acompanhamento a doença poderia já está avançada, ele pediu exames e eu preferi não o fazer. Sei que dependendo dos resultados teria que fazer quimioterapia e todos os outros tratamentos, não quero sofrer mais do que sofro.
Estou sendo egoísta com ele. Digo que venho ao hospital para fazer a quimioterapia e na verdade eu venho apenas para conversar com pessoas que passam o mesmo que eu. É errado e egoísta da minha parte. Keegan está sofrendo tanto quanto eu, ele está com medo tanto quanto eu.
Mas eu vi meu pai morrer, assim como ele viu a mãe morrer. Não quero nutrir algo que sei que não tem jeito, acabou para mim. Já me conformei há anos, não iria tentar, eu aceitei isso.
Depois de alguns dias trancados dentro de casa, resolvemos sair e espairecer. Estou amando andar um pouco e receber os raios de sol em minha pele pálida. Estamos a caminho da praça que ele me viu a primeira vez, a praça que passamos horas sentados conversando e olhando para o horizonte. Era nosso ponto de encontro. Era nosso lugar.
— Está. Você está comigo.
— Eu te amo, doce.
— Eu te amo mais. Mil zilhões, você sabe disso.
Sua boca se abre em um lindo sorriso maroto. Keegan irradia tanta calmaria, ele costuma dizer que sou eu, mas a verdade é que ele é quem é calmaria. Minha calmaria.
— O banco está vazio, doce. — diz me puxando alegre, parece até uma criança. Sorrio por toda sua empolgação pelo banco da praça está vazio.
— Amor, estamos parecendo duas crianças correndo. — digo rindo, enquanto o vento nos chicoteia por estarmos correndo.
— Nós somos crianças de alma.
Nos sentamos.
— Quero que me prometa que nunca deixará de viver, Keegan. Promete?
— Só se você prometer estar comigo. Promete?
— Eu sempre vou estar com você, amor. Aonde você estiver saiba que vou estar lá. Serei o ar, o sol, a água. — digo beijando seu pescoço, e fico parada só sentindo seu cheiro enquanto o abraço.