• Capítulo 02 •

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Hugo Chávez

Soquei minha mesa bufando de raiva, acabei de perder um grande investimento que poderia me dar milhões de dólares.

Encarei um ponto fixo na minha sala, tentando pensar em alguma que posso fazer pro mesmo voltar atrás e aceitar a minha proposta. Ele precisa aceitar ela, nem que eu tenha que partir para um outro lado. Peguei o telefone e liguei diretamente para a empresa Drumond, iria marcar um encontro com eles já que a incompetente da minha secretária não conseguiu.

- Empresa Drumond, o que deseja ?? - disse uma voz melosa do outro lado da linha me fazendo revirar os olhos brutalmente.

- Aqui quem fala é o Hugo Chávez, creio que já deve me conhecer.. Quero marcar um almoço de negócios com o seu chefe.

- Claro Senhor Cháve..ez - gaguejou me fazendo dar uma risada fraca do seu nervosismo.

- Diga a ele que é de total importância e que o mesmo só tem a ganhar,
avise-o para me encontrar no bar mais calmo da cidade, passar bem senhorita - desliguei a chamada.

Me levantei e sai da minha sala em direção a sala de reuniões, estava alguns minutos atrasados mais não me importo, até porque quem manda aqui sou eu.

Entrei na mesma fazendo todos ficarem quietos e me observarem, me sentei no meu lugar e logo a Vanessa começou a falar, ela sabe que odeio demoras, não suporto esperar. A mesma trabalha na parte de publicidade, ela que cuida da imagem da impresa junto com mais algumas pessoas, agora estamos aqui pois a mesma criou um novo projeto e um novo banner para divulgar.

Ela apagou as luzes e soltou o vídeo, olhei cada detalhe com atenção, sou um homem muito observado e sei que cada detalhe pode muito bem fazer a diferença.

Depois de trinta segundos a mesma acabou, ela acendeu as luzes e o banner apareceu sobre o telão branco. Todos bateram palmas e elogiaram o projeto mas a última palavra é minha, e faço questão que todos saibam.

- O projeto é bem atraente, inovador e com uma pegada bem criativa, parabéns senhorita Evans.

Me limitei a dizer poucas palavras, não gasto minhas palavras atoas. Como disse, falo apenas o essencial com os funcionários, não preciso gastar minha saliva atoa.

Sai dali e voltei para minha sala, tenho muito trabalho hoje, comecei a responder os e-mails quando meu celular tocou me fazendo bufar. Peguei o mesmo vendo o número da escola da Helena ligar, atendi o mesmo na hora.

- Senhor Hugo Chávez ??

- Sim, aconteceu alguma coisa com a minha filha ?? - tirei minha atenção da tela do notebook.

- Então, tem como o senhor comparecer aqui na escola o mais rápido possível ?? Esse assunto é serio e creio que não podemos falar por telefone.

- Estou ai em cinco minutos - desliguei a chamada.

O que essa garota aprontou agora??

Peguei minhas chaves e meu celular, sai dali e avisei minha secretária que não tenho hora pra voltar. Sai da empresa o mais rápido possível, dirigi até a escola com uma certa pressa, espero que o assunto seja urgente.

Estacionei meu carro na frente da escola, desci, travei o carro e entrei na mesma assim que o porteiro abriu o portão. Segui até a direção onde o mesmo falou que estavão me aguardando, estavão ?? Quantas pessoas contém naquela sala ?? Da última vez foi apenas a Helena e a diretora, ela gosta de sigilo, não gosta de sair espalhando os assuntos.
Assim que abri a porta da sala não acreditei no que estava vendo, fechei a porta atrás de mim e caminhei até minha filha que está sentando num banco um pouco longe das duas. Sua cabeça está entre suas pequenas mãozinhas e da pra ouvir suas fungadas.

Peguei ela no colo e a mesma ne abraçou com a maior força do mundo, como se fosse me perder. Alisei suas costas enquanto falava com ela, num tom baixo em que só nos dois pudéssemos ouvir.

- Posso toca-lá ?? - perguntou e apenas dei uma risada.

- Eu quero você bem longe da minha filha ou se não.. - me limitei a falar mais que isso.

Respirei fundo, quase que falo merda. Essa é a oportunidade que a mesma está esperando, um vacilo meu para ficar com toda a minha herança e colocar a Helena num orfanato mas isso não vai acontecer, antes dela pensar em algo eu vou mata-lá.

- Se acalme, podemos resolver tudo com uma boa conversa - a diretora disse após me olhar.

- Ouça bem o que vou dizer dona Ana, eu pago muito bem essa escola e cada centavo meu não cai do céu, vem do meu trabalho que não é pouco. Não sou, nunca fui desonesto ou cheguei a lhe faltar com respeito. Eu não quero saber dessas psicopatas atrás da minha filha, se elas tiverem permição pra entrar aqui eu retirarei a minha filha daqui e vou atrás de uma escola melhor que não deixe estranhos juntos com a minha filha - disse sério, sem expressar nenhum tipo de sentimento.

- VOCÊ NÃO PODE FAZER ISSO - bateu os saltos com força contra o piso de porcela - Eu sou a mãe dela, tenho meus direitos - começou a chorar.

Coloquei a Helena no chão e disse ao seu ouvido, para ela ir buscar suas coisas. A mesma assentiu e saiu correndo.

- Se uma de vocês duas chegarem perto da minha filha, não há palavras que descreva o que acontecerá com vocês - apontei o dedo na sua cara.

- Seu montro, ela é minha filha!!

- Tá dado o recado e comigo esse teatrinho besta não cola, vai enganar outro, aposto que seu "homem" te deu um pé na bunda e lhe deixou sem nenhum centavo mas não adianta vim da mãezinha pra cima da minha filha, ela está muito bem treinada pra pessoas da sua laia - disse e me retirei.

Peguei minha filha, a coloquei no carro e saí dali em alta velocidade.

"Mais vale um passado morto do que vivo para te assombrar. Escolhas, essas sim resumem o seu futuro, pois o mesmo é feito delas."

- Hugo Chávez

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