• Capítulo 01 •

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Hugo Chávez

- O que foi agora?? - encarei a empregada.

Odeio quando me chamam de mais, parece que não sabem resolver merda nenhuma. Elas estão aqui para fazerem os seus serviços, não parar encherem meu saco me perguntando algo ou reclamando que a Helena fez bagunça.

- Apenas vim avisar que o jantar está pronto - disse e se retirou.

Me levantei, coloquei meu celular no bolso, sai do meu escritório, tranquei a porta colocando a chave no meu bolso, e caminhei em direção a sala de jantar.

- Papaizinho você demorou, eu e a Dora estamos com fome - disse assim que entrei na sala, me fazendo levantar uma das sobrancelhas -  A minha boneca, papai bobinho - deu uma risada.

Ri de lado e beijei sua testa, me sentei no mesmo lugar de sempre e as empregadas começaram á servir o jantar.

A Helena é único motivo que tenho pra sorrir, ela é a única que consegue arrancar um sorriso do meu rosto. Para todos sou um cara fechado, reservado e só trato apenas o essencial, nem uma palavra a mais ou a menos. Aprendi com a vida que palavras a mais pode mudar muita coisa, assim como palavras a menos.

Não interessa o que aconteceu com a mãe da Helena, nem a ninguém e nem a minha filha. O que ela precisa saber ela sabe, que a mesma nos abandonou por que não á queria.

Sou capaz de matar um pra proteger a minha doce e pequena Helena, ela é tão pequena, tão esperta, tão alegre que não precisa saber das coisas ruim que acontecem.

Tudo pra mesma é um conto de fadas, ela diz que um dia eu vou encontrar uma princesa e ela vai ter uma mamãe bem linda, eu sei que ela sente falta da figura materna mais não posso fazer nada, ela tem que se contentar com o que tem.

- Papaizinho, você tá muito sério.. - susurrou após terminar de comer.

- Estou apenas pensando - pisque pra ela.

- Dith eu quero sorvetinho - encarou a empregada que me olhou, pedindo permição.

- Nada de sorvete Helena, já está tarde - olhei a hora no meu relógio no pulso  - Se quiser pode comer uma banana - me levantei.

- Banana não é doce, por favor papaii - me olhou quase chorando.

Peguei a mesma no colo, ela se encolheu e escondeu o rosto no vão do meu pescoço, sei que ela vai chorar mas não posso deixar a mesma comer vários doces assim.

Caminhei até o meu quarto, entrei no mesmo, acendi a luz, liguei o ar e deitei a Helena na minha cama. A mesma está fingindo que tá dormindo e virou para o outro lado.

- Enquanto o papai vai tomar banho, você pode assitir desenho - peguei o controle.

Na mesma hora ela me olhou sorrindo e estendeu os braços, entreguei o controle e a mesma sorriu entrando de baixo das cobertas por causa do frio. Apaguei a luz e fui até meu closet, peguei minha roupa e tomei um banho um pouco demorado, me sequei e coloquei a minha roupa, apenas não coloquei a camisa estou com calor.

Sai do banheiro após, escovar meu dentes e chamei a Helena pra fazer o mesmo, ela fez um pouco de birra mais logo veio assim que ameacei a jogar os sorvetes e a boneca dela fora.

Ela escovou os dentes, tomou banho sozinha e colocou o pijama. Nos deitamos na minha cama e ela trocou de canal, deixando num filme da disney.

- Não tenho medo pare de chorar, me dê a mão vem cá, vou proteger-te de todo mal, não há razão pra chorar - começou a cantar.

Já sabia que era aquele filme do homem que foi criado por macacos, não sou obrigado a saber o nome de tudo. Ela ama esse filme, se deixar a mesma só assite isso e ainda me obriga assitir.

- No meu coração, você vai sempre estar, o meu amor contigo vai seguir.. - bocejou e coçou os olhos enquanto cantava.

Não demorou muito e a mesma se aconchegou no meu colo e dormiu, desliguei a televisão e me ajeitei na cama.

[ . . . ]

- Papai mais tarde podemos tomar sorvete ??

- Sim mas se eu demorar pede a Judith pra te dar - parei o carro no sinal.

- Tudo bem colega - encarei ela pelo retrovisor e a mesma riu.

Acelerei o carro assim que o sinal abriu, a escola da Helena é uma das melhoras e fica algumas ruas depois da minha empresa. Não é muito longe mais também não é muito perto.
Eucarístico, o nome da escola, a mesma é muito boa, desde pequeno eles já aprendem inglês e tem aulas de música também mas não quero minha filha como cantora e ela também não gosta. Você fica informado de tudo o que seu filho fez, se quiser tem o site da escola onde você pode acessar as câmeras e ver o que ele está fazendo nesse exato momento.

- Não quero saber de bagunça Helena, não quero ouvir aquela mulher rabugenta enchendo meu saco - estacionei em frente a escola.

Já perdi as contas de quantas vezes tive que vim aqui porque a mesma aprontou algo com os colegas de classe.

- Te amo - beijou minha bochecha - Não vou fazer bagunça hoje - abriu a porta do carro.

- Também te amo.

Ela desceu do carro e pegou sua mochila de rodinhas, a mesma queria por que queria essa mochila. Fechou a porta do carro e ficou ali parada acenando pra mim, esperando eu ir embora. Fingi que ia descer do carro e a mesma entrou correndo na hora.

Liguei meu carro novamente e sai dali o mais rápido possível, em direção á minha empresa.

"Viver sorrindo é pra quem não tem o que fazer, o país não vai prosseguir se todos ficarem sorrindo atoa."

- Hugo Chávez

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Tudo por uma alma.Hikayelerin yaşadığı yer. Şimdi keşfedin