• Capítulo 13 •

192 25 8
                                    

Hugo Chávez

Meses depois

Muitos acham que as coisas são fáceis, mais para mim não é.

Encarei aqueles lábios dela imaginando mil e umas coisas, os mesmo são rosados e delicados.

Ultimamente estou pensando muito na Diana, a mesma não sai da minha cabeça. Tudo me leva a pensar nela e quando estou perto dela, sinto uma enorme vontade de atacar os seus lábios. Eu sei muito bem o que estou sentindo e também sei, que isso vai acabar comigo se eu não parar por aqui mesmo.

Não aconteceu muitas coisas, tudo continua na mesma.

A Diana está tentando me convencer de que Deus existe e pra te falar a verdade, só estou escutando ela por causa da atração por ela.

Quando estou perto dela, tudo fica diferente, e sinto tranquilo, com uma paz que há anos eu não sinto. A última vez que me senti assim, foi um dia antes de tudo acontecer.

Não sei o que deu em mim mas quando fui perceber, meus lábios já estavam grudados com os da Diana. Um beijo lento e cheio de desejos na minha parte, minha vontade não era apenas um beijo, é aprofundar ainda mais.

- Me desculpa.. - disse num sussuro tentando recuperar o ar - Eu já vou indo - disse rápido e pegou suas coisas.

Quando ia falar algo, a mesma saiu com pressa da minha sala, nem deu tempo de falar nada.

Sai dali como se nada tivesse acontecido e caminhei até o meu quarto, entrei no mesmo e fui até o meu closet, peguei uma roupa e entrei no meu banheiro para tomar um banho..

Não entendi porque a Diana saiu correndo, como se eu beijasse mal.

[ . . . ]

- Finalmente - se levantou assim que eu entrei na sala.

- Vá direto ao assunto, não tenho tempo para ficar de conversa fiada, tenho uma empresa para administrar e outras coisas que não lhe interessa - ajeitei meh relógio no pulso.

- Bom, eu tenho uma boa notícia pra você - Caminhou até o outro lado da sala, fazendo seus saltos baterem contra o piso do chão - Quero que veja com os seus próprios olhos - parou na minha frente, segurando um envelope branco.

- O que é isso ?? - peguei de suas mãos.

- Abre - deu um sorriso.

Voltei meus olhos para o envelope, abri o mesmo vendo várias fotos. Assim que tirei a primeira foto, meu corpo paralisou e não acreditei no que estava vendo.

- Antes que falhe qualquer coisa, eu tenho provas do que estou falando e sei muito bem a onde ele está, posso te levar até o mesmo agora e provar que estou falando a verdade - disse.

- O que quer em troca ??

- Nada, apenas quero que saiba a verdade - colocou uma mecha do cabelo atrás da orelha - Eu sei muito bem, o quanto você sofreu naquele dia e não vou deixar que o verdadeiro culpado, ande por ai as soltas - analisei cada palavra que saiu da boca dela.

Sai dali o mais rápido possível, assim que cheguei do lado de fora entrei no meu carro, deixei o envelope em cima do banco e dirigi em direção ao bar mais perto.
Preciso pensar, não posso simplismente acreditar nas palavras dela assim do nada, algo ela quer e está se fingindo de boazinha, conheço muito bem ela.

" Você não passa de merda.."

" Acha mesmo que algum dia vou lhe perdoar?? Espero que morra e que sua morte seja a mais lenta e dolorosa possível.."

" Ha ha ha, filho?? Você não é nada meu, não passa de fracote que não sabe fazer as coisas certa.."

" O mundo é para os espertos e não para os bonzinhos, se lembre disso Hugo.."

As palavras daquela noite rodavam na minha mente e não me deixam raciocinar direito. Desci do carro, entrei no bar e pedi uma bebida qualquer, apenas preciso relaxar. Me sentei numa mesa próxima a janela.

O bar aqui é "bem" frequentado pra quem sabe onde está se metendo, caso contrário está cavando sua própria morte. O mesmo fica escondido no oeste da cidade, muitos traficantes, matadores, mafiosos frequentam aqui.

O bar está com pouca luz mas dá pra enxergar, peguei o cigarro do meu bolso e acendi o mesmo.

Não demorou muito e uma das garçonetes veio trazer minha bebida, ela é magra, alta e não tem nem um pouco de beleza. A mesma colocou minha bebida na mesa e saiu rebolando, como se no corpo dela tivesse algo interessente para se olhar.

Tirei meu cigarro da boca deixando entre os dedos, com a outra mão livre peguei minha bebida e bebi, sentindo a mesma descer queimando pela mibha garganta.

Fiquei ali por mais alguns minutos, o tempo suficiente para fumar três cigarros e  beber alguns copos de uísque. Não fico bebo tão rápido, ainda estou sóbrio.

Tirei uma nota de cinquenta da carteira, coloquei em cima da mesa debaixo do copo e sai dali. Entrei no meu carro e dirigi em direção a minha casa, coloquei a mão no bolso pegando meu celular e não tinha nada importante, coloquei o mesmo no lugar e prestei atenção na estrada.

Depois de longos minutos cheguei em casa, desci do carro assim que guardei e entrei em casa.

Subi para o meu quarto, tomei um banho bem demorado, a Helena não pode com o cheiro do cigarro, a mesma passa mal.

Coloquei uma bermuda, calcei meu sapato e fiquei sem camisa mesmo. Fui até o quarto da minha pequena e ela está brincando com algumas bonecas em cima da cama.

Fiquei ali por um tempo admirando ela, meu único tesorou.

" Valente ?? Assim quando você souber o que é ser homem, me avise pois pra mim não passa de um pirralho que não sabe nem cuidar de si mesmo, ninguém te quer, todos lhe odeiam Hugo.. "

Víctor G. Chávez
___________________________________________

Tudo por uma alma.Where stories live. Discover now