• Capítulo 07 •

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Hugo Chávez

Mais um dia frio e chuvoso.

Me levantei e fui direito para o meu banheiro, tomei um banho demorado, enrolei a toalha na minha cintura, caminhei até a pia e escovei meus dentes. Assim que terminei, lavei meu rosto mais uma vez e sequei na toalha de rosto, pentiei meu cabelo e fui para o meu closet.

Coloquei uma calça jeans, uma blusa polo branca, calcei meus tênis e peguei uma jaqueta de couro. Passei meu perfume, peguei minha carteira, meu celular, minha chave e sai do meu quarto. Desci as escadas e ouvi a voz da minha filha, assim que cheguei na sala vi a mesma sentada no sofá conversando com sua boneca. Ela já está pronta, com sua calça jeans, uma bota, sua blusa de frio grossa e uma toca na cabeça.

Caminhei até a Helena e dei um beijo em sua testa.

- Bom dia papai - sorriu.

- Bom dia meu amor - coloquei meu casaco - Vamos tomar café que estamos atrasados - olhei a hora no meu celular.

Fomos para a cozinha, nos sentamos e a Judith começou a nos servir. Comecei a tomar meu café, olhei de relance pra Helena e a mesma estava orando, esperei ela terminar.

- Quem te ensinou a fazer isso ??

- A tia Diana - comeu um pedaço da torrada.

Hoje é sábado, não tem aula para minha filha e não vou trabalhar. Vou levar ela pra vê a minha mãe, espero que o marido dela não esteja lá pois se não, sou capaz de matar ele na frente da Helena, se o mesmo falar algo comigo.

Tenho que ter uma conversa com a Diana, a mesma está ali para ensinar a minha filha coisas úteis e importantes. Não para ficar enchendo a cabeça dela de besteiras, ela já tem a mim e não precisa de mais ninguém, não quero saber da minha filha orando, lendo a bíblia, daqui a pouco a mesma vai querer ir para a igreja mas quem manda aqui sou eu e a mesma não vai.

[ . . . ]

Caminhei em passos lentos e firmes, estava com as duas mãos dentro do bolso da minha calça.

Ela pediu para nos encontramos aqui no shopping, a mesma quer comprar uma lembrança pra neta. No sentamos num bancos que tem aqui, Helena toda hora olha para os lados para ver se a mesma está vindo, suas encontram-se, segurando sua boneca firme, tão firme que seus dedinhos estão vermelhos.

- Não aperte os dedos tanto assim Helena - segurei sua mão e ela relaxou.

- Desculpa papai - murmurou - Mais eu estou nervosa, faz tempo que não vejo a vovó - balançou suas pernas, as mesmas não alcançam o chão.

- Fique calma, quando menos esperar ela aprece - peguei meu aparelho móvel no bolso - Nada de sorvete, está frio hoje - avisei, assim que vi ela olhando para a barraca de sorvete.

- Que chatice.. - murmurou.

Estava mexendo no meu celular mas podia sentir os olhares de algumas pessoas sobre mim e até escutar o que elas estão falando. Sei que sou lindo mas não sabia que todos gostam de me adimirar. Levantei meu olhar vendo um grupo de meninasque estam me encarando, assim que viram que eu estava olhando para elas disfarçaram e desviaram os olhares.

- Ela chegou papai !! - puxou minha mão.

Bloquiei meu celular com a outra mão que está livre. Levei meu olhar para onde Helena estava olhando e minha mãe estava vindo. Ela não mudou muita coisas, a mesma está com uma calça jeans escura, seus saltos pequenos e um suéter da cor nude, combinando com seus brincos e sua bolsa. Não demorou muito e ela chegou perto de nos, Helena abraçou a mesma na hora, ficaram alguns minutos abraçadas e pude ouvir minha mãe fungar.

Elas se soltaram, trocaram algumas palavras e logo seu olhar veio sobre mim. Me levantei e a mesma me abraçou, retribui seu abraço e dei um beijo na sua testa, até porque ela não tem nada haver com o que seu marido fez, ele sim é o verdadeiro culpado de ter me tornado que sou hoje.

Ficamos o dia todo no shopping, a minha mãe comprou várias coisas pra Helena, tudo o que ela pedia minha mãe comprava mas eu disse que não era pra ela fazer a vontade da minha filha. Agora estamos aqui na frente do shopping, dentro do meu carro, minha mãe combinou do marido dela vim buscá-la e estamos esperando ele. Tomara que o Víctor não venha de gracinhas para o meu lado, não tenho paciência e não o suporto.

- Vovó, quando posso te mostrar a princesa do meu pai ?? - Helena perguntou e eu apenas revirei os olhos.

- Não entendi meu amor - perguntou confusa.

- A futura namorada do meu papai que vai ser minha mamãe - disse animada.

-  Me conte sobre mais sobre ela - disse curiosa.

Enquanto elas estavam tagarelando, peguei meu celular e respondi algumas mensagens. Desviei meus olhos do pequeno aparelho móvel e olhei por impulso para a minha direita e lá vi o mesmo vindo com um guarda-chuva. Ele está totalmente difrente mas isso não me importa, travei as portas de trás onde Helena está.

Minha respiração começou a ficar pesada e apertei o voltante com força, imaginando ser a cara dele ali.

- Filho, calma - minha mãe segurou meu braço - Você tá muito tenso - disse preocupada.

- Helena não sai dai e não fale com estranhos - a olhei pelo retrovisor e a mesma concordou.

Ele bateu no vidro, minha mãe respirou fundo e abriu a porta. Assim que ela desceu, desviei o meu olhar para frente e coloquei a chave na ignição.

- Filho ??

" Quando estamos acomodados, sempre vem algo ou alguém para nos desabalar, temos que ceder ou resistir?? Está pronto para isso??"

- Laís Marlene.

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Tudo por uma alma.Where stories live. Discover now