Nasce a pequena

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Stieng não conseguiu enxergar ninguém ao sair do prédio seguindo com a equipe e Julia para o outro lado da Paulista, todos foram a traz e assim que Stieng voltou da emergência foi que viu todos ali, Joe estava com o rosto ferido quando Sylvia o arranhou para fazê-lo larga-la, os dois se olharam e caíram em um choro compulsivo e se abraçaram forte, Jonathan se juntou a eles e também chorou, o policial está a traz deles querendo o depoimento e queria levar Stieng para a delegacia, um dos advogados que estava no elevador e viu tudo se propôs em declarar o que viu e iria pedir ao delegado para ir ao hospital para pegar o depoimento de todos, Stieng agradece e é chamado pela enfermeira sorridente.

— Sr. Stieng French!?

— Sim!... — diz ele passando o lenço no rosto.

— Pode me acompanhar até ao quinto andar?

— O que aconteceu!?... — Ele se preocupa.

— Venha conhecer sua filha!?... — Ela sorri e pega em seu braço e chama todos que estão com ele. — Ela está bem e é uma menina muito forte, nasceu com 3.100kg e com 46 centímetros, praticamente uma menina de nove meses!... Parabéns!

— E por que tiveram que fazer a cesariana?... — Stieng não consegue entender.

— Ela entrou em sofrimento pela baixa oxigenação, mas não a afetou, está perfeita e como te falei, é forte e saudável.

A porta do elevador abre e todos caminham para a maternidade, de longe já dava para escutar o choro dos bebês que ali estavam, uma grande sala cheio de berços de acrílico estão dispostos para frente do vidro, eram mais de dez bebês se esgoelando, a enfermeira posiciona Stieng e a família e entra na sala e vai até o balcão onde um bebê estava sendo vestida e enrolada e a enfermeira tira o coero que a envolvia e fala alguma coisa e sorri para a colega de trabalho e as duas olham para todos ali no vidro e trazem a menina, parecia tão calma e sonolenta, respirava forte estava com os olhos abertos, Stieng volta a chorar e toca o vidro, queria pegá-la no colo, Jonathan apoia a mão no ombro do filho.

— Ela é linda meu filho!...Parabéns!... — E lhe dá leves tapas no ombro.

— Eu quero segurá-la!... — Diz ele apontando para o vidro.

Joe tirava fotos da menina, estava encantado com a pequena sobrinha, Pedro entra correndo em prantos e para diante do vidro e chora mais ainda quando Stieng o puxa para um abraço.

— Aí está sua sobrinha!... — Stieng chora olhando para a menina.

— Cadê a Julia?... O que está acontecendo com ela? — Pedro olha para todos.

— Está em cirurgia Pedro!... Temos que esperar... E o que resta e ficar aqui olhando nosso bebê! — Diz Stieng apoiando a mão no vidro, a enfermeira a Poe no berço de acrílico e a ajeita e a cobre, que fica paradinha por um breve momento e abre o berreiro assim que se sente sozinha, Stieng a todo tempo pede para ela não chorar.

Cinco horas depois um dos médicos que ajudou no socorro veio falar com Stieng e a família, Clara e Alexandre ainda estavam á caminho, a viagem era longa, mas diziam que estavam perto da entrada de São Paulo.

— Me desculpe em não nos apresentar!... — O médico estende a mão para Stieng e se apresenta. — Eu sou o Dr. Nelson Aguiar e este é o Dr. Diogo Carrera.

— Obrigado a vocês dois!... Nem tenho como agradecer o socorro que prestaram a minha mulher!... E como ela está?

— Está bem!... A cirurgia foi um sucesso e removemos a bala com um pouco de dificuldade, mas ela está agora na U.T.I, esta sedada em coma induzido, o estado é grave por que foi aberta e passou por horas de cirurgia e ainda tem a complicação de que estava grávida e teve que passar por cesariana, mas ela vai se recuperar e não corre risco de morte... Dizemos que é estado grave, mas estável justamente por conta do que ocorreu.

— Posso ver minha mulher!?

— Claro!... Mas só você pode entrar e apenas dez minutos.

— Tudo bem!... Eu só quero vê-la!



SALVA-MEOù les histoires vivent. Découvrez maintenant