Amor por contrato - Leonil (ADAPTADA)

Capítulo 18

  Nilce não acreditou no que estava fazendo. Ela estava mesmo cheia de malas em frente a casa de Leon Martins? Sim. Ela estava.
E o pior. Estava com Sapeca.
A sempre "nada escandalosa" Sapeca.
- Você vai morar nessa casa  - ela disse praticamente gritando quando os portões se abriram e Nilce acelerou entrando com o carro.
- Acho que sim. - disse dando de ombros
- Você vai morar nesse palácio, ganhar 1 milhão de reais, e está com essa cara feia? - Nil revirou os olhos
- Este não é meu mundo Sapeca. Não é minha casa E não é meu marido!
- Não é por pouco tempo. Logo assinamos os papéis e tudo se resolve.
Nilce bufou estacionando o carro
- Quando você vai entender que não vou me sentir bem aqui?
- Nunca. - a morena disse já descendo do carro sendo seguida por Nilce - Se você não consegue se sentir bem aqui, você é louca. Aposto que tem piscina! - ela disse se convidando descaradamente
Nilce alisou os cabelos desistindo. Iria ser inútil tirar essa ideia da cabeça de Sapeca.
- Já que não me entende mesmo, pelo menos seja legal com Edu. - Nilce pediu – Você só faltou mordê-lo hoje pela manhã.
- Não fui com a cara dele. - ela disse torcendo o nariz ao mesmo tempo em que a porta da casa se abriu e Eduardo sorriu cínico:
- Essa informação mudou minha vida. - ele beijou Nilce no rosto ignorando Sapeca – Leon esta nos esperando na sala, com o tabelião. Vamos? - perguntou oferecendo o braço para Nilce que aceitou soltando um risinho baixo da cara de espanto da Sapeca.
A casa era ainda mais bonita por dentro. E Sapeca pareceu ter a mesma opinião pelo "minha-nossa-senhora-que-coisa-mais-linda-é-essa?" que ela disse assim que entraram.
Como Edu havia alertado, Leon estava ao lado do tabelião. Ambos bem vestidos. Nilce corou por estar usando calças jeans e blusa social vermelha.
- Olá querida. - ele disse sorrindo.
Estaria fingindo por causa da presença do tabelião?
Antes dela poder respondê-lo, ele os interrompeu;
- Oh, vejo que a noiva chegou! - o velho disse sorrindo amarelo – Podemos começar?
- Claro. - Leon respondeu sorrindo oferecendo seu braço agora para Nilce.
Ela sem ação aceitou-o, se desvencilhando de Edu.
O tabelião leu perfeição o documento, onde unia aos olhos da lei o casamento de Nilce Moretto e Leon Martins.
- Assinei aqui por favor.
Leon foi o primeiro a assinar. A colocar a corda no pescoço.
Nilce, assinou em seguida. Enforcando a ambos.
- As testemunhas. - o tabelião disse apontando para Sapeca e Edu.
- Oh, estou tão emocionada! - Sapeca disse assim que terminou de assinar o documento e passou a caneta de má vontade para Edu – Acho que vou chorar.
- Fique quieta! - Nilce disse corando.
Aquilo nem era de verdade! Não mesmo.
- Bom, agora vocês são marido e mulher. - o tabelião esclareceu.
O silêncio ficou pesado na sala, e de repente ela quis correr e se esconder.
- Esta faltando uma coisa! - Edu alertou – As alianças! - disse tirando-as do bolso e dando-as para Leon.
Nilce observou Leon abrir a delicada caixa onde duas alianças de ouro, com detalhes em ouro branco reluziam glamour.
Sentiu ele pegar sua mão esquerda e com delicadeza deslisar o anel sobre o seu dedo.
Torcendo para não estar tremendo, ela pegou a outra aliança e deslizou pelo dele, jurando para si mesma que não estava sentindo droga nenhuma de frio na barriga.
- Bom, creio que todos estamos esperando a mesma coisa não?
- Que coisa? - Nil perguntou.
- O beijo! - o velho disse parecendo a coisa mais óbvia.
E era a coisa mais óbvia, mas em um casamento de verdade, não em um casamento de mentirinha.
- Orá vamos, não se acanhem. Agora estão casados.
- É um beijo! - concordou Sapeca fazendo Nilce querer matá-la ainda mais.
O olhar de Leon e de Nilce se encontraram por breves instantes, porém o bastante para comprovar que ambos estavam completamente sem jeito diante a tal situação.
Nilce respirou fundo e olhou para o chão sentindo as bochechas corarem. Era aceitável que ele não quisesse beijá-la, afinal porque ele faria tamanha estupidez?
De repente sentiu seus braços sendo agarrados, e seus seios chocarem-se contra um peitoral forte e viril. Prontamente olhou para cima e lá estava a boca dele já colada na dela.