Capítulo 24

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  Assim que fechou a porta atras de si e passou a chave, Nilce se jogou na cama sentindo as lágrimas lhe queimarem o rosto.
Sabia que estava se comportando igual a uma adolescente mimada, mas dane-se. Que fosse uma adolescente mimada então.
Tudo o que ela tentou fazer foi ajudar, não pensou que por míseras flores ele faria tudo aquilo. Afinal eram apenas flores.
Enterrou a cabeça no travesseiro fazendo assim com que os soluços saíssem abafados e baixos.
Como ele havia conseguido mudar tanto de uma noite para outra?
Na noite passada, era gentil, engraçado e alegre, porem hoje estava mais para idiota, idiota e idiota.
Porem ela tinha entendido. A casa era dele. Quem mandava era ele, e ela não se metia nos assuntos dele.
Era tudo culpa de Sapeca. Como ela conviveria com ele durante seis meses se logo no primeiro dia já haviam brigado?
Uma batida foi ouvida na direção da porta e ela rapidamente secou os lágrimas.
- Nilce, venha vamos jantar.
Aquilo não era um pedido, e sim um ordem.
- Eu já jantei Leon. Obrigado pela sua preocupação. - ela disse irônica
- Não minta, você não jantou.
- Jantei sim. - ela rebateu orgulhosa
- Escute, - ele disse sem paciência – se você não descer em dois minutos, não te esperarei para comer.
- Ótimo, não espere. - ela disse brava
Ele pronunciou um palavrão alto.
- Tudo bem, deixe as flores. - ele disse por fim com voz baixa
- O que você disse? - ela perguntou se sentando na cama
- Disse para deixar a droga das flores.
- Sério? - perguntou já de pé junto a porta
- É, deixe as flores. A casa também é sua agora, só me de um tempo para me acostumar com isso. - ele suspirou – Eu vou tomar um banho. Assim você tem tempo para descer e jantar lá em baixo, depois eu como alguma coisa.
Barulhos de passos sumindo no corredor foram ouvidos e finalmente o barulho de uma porta batendo soou.
Nilce ainda estava atônica. Tinha ouvido mesmo aquilo?
Deus, que homem bipolar !
Ela se jogou na cama pensando.
Por um lado ele tinha razão por ter ficado bravo. Ela não havia pedido para ele. E se ele fosse alérgico? Oh era isso, claro, era alérgico.
Como ela não tinha pensado nisso.
Ela gemeu com a consciência pesada.
Talvez se jantassem juntos, o clima poderia ficar melhor... ou pior, tanto faz. Pior do que estava não iria ficar mesmo.
Era apenas o primeiro de muitos dias que teria que passar na companhia dele. Tinha que se acostumar com o maldito frio na bariga.
Afinal, era apenas Leon. Um outro homem rico qualquer...  

Amor por contrato - Leonil (ADAPTADA)Where stories live. Discover now