Capítulo 53

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Ela continuou em silêncio até chegarem ao aeroporto. Nenhum dos dois voltou a falar qualquer monossílabos que fosse.

Quando finalmente chegarem ao aeroporto depois de um trânsito infernal, Leon se dirigiu ao balcão de informações enquanto Nil cuidava das malas.

Dentro de alguns minutos ele voltou e lhe entregou o passaporte:

- Tudo resolvido. - disse sorrindo - Um voo saíra dentro de 40 minutos com destino a Toronto. Já comprei nossas passagens, vamos de primeira classe.

- Ótimo. - ela se limitou a dizer cansada.

Ele percebeu:

- Eu lhe avisei para dormir.

Ela fez uma careta e guardou o passaporte na bolsa.

- Não tive tempo.

- Venha. Tem uma lanchonete logo ali. Vamos tomar um café. - ele disse pegando as malas.

Café seria ótimo. Iria mantê-la acordada e isso era bom.

Dois cappuccinos com chantilly foram servidos assim que eles escolheram a mesa para se sentar, perto da janela.

- Você lembra que dia é hoje? - Leon quis saber enquanto a admirava tomando seu café.

- É quarta. Por que? - ela disse arqueando uma sobrancelha.

- Por nada. - ele disse suspirando e tomando seu café.

Pela quantia que Nilce o conhecia poderia jurar que ele estava frustado, porém achou melhor continuar calada, afinal o silêncio já se tornara algo habitual entre eles.

- Tem certeza que não sabe que dia é hoje? - ele perguntou de novo.

- Não me diga que eu esqueci o seu aniversário. - ela começou a dizer com pesar mas ele a interrompeu
- Não. Meu aniversário já passou. - ele disse dando de ombros.

Ela parou para pensar, mas a única coisa que havia de comemoração naquele dia era a última coisa que Leon poderia estar se referindo porque ele nunca lembraria. Por isso ela não arriscou.

- Eu devia me lembrar mesmo de algo? - ele assentiu sério. Ela ficou paralisada, enquanto sua cabeça dava voltas procurando pela lembrança "perdida".

- Você realmente não lembra, não é mesmo? - ele disse sorrindo.

- Desculpe.

- Não tem problema. - ele disse dando de ombros – Eu lembrei apenas hoje de manhã. Talvez você lembre até o final do dia. - ele brincou.

- Talvez. - ela disse sorrindo. Era impossível ficar brava por muito tempo com Leon.

Nilce terminou o café primeiro, e como o esperado ele sem dúvida a deixou mais alerta.

Já Leon bebericou seu café devagar enquanto intermináveis minutos passavam.

- Vamos? - Leon disse se levantando e deixando sob a mesa dinheiro suficiente para pagar os cafés e alguma gorjeta para a garçonete.

Nilce prontificou-se a pegar uma mala, enquanto Leon levava as outras duas para o portão de embarque.

Quando já dentro do avião, Nilce se surpreendeu com tamanha luxuosidade.

- Aqui. - Leon apontou para os acentos – Quer ir na janela?

- Sim. - ela disse eufórica – Se você não se importar.

- Por favor. - ele disse fazendo sinal para que ela se sentasse.

Ela havia andado uma vez apenas de avião e adorará a sensação e o friozinho na barriga, porém nunca tinha ido na janela.

Leon sentou-se ao seu lado suspirando:

- Pronta? - ele quis saber colocando o cinto.

- Sim. - ela disse o imitando enquanto o restante dos passageiros embarcavam.

O avião deu partida e o piloto se apresentou, porém Nilce não ouvira, estava ocupada de mais admirando a cidade diminuir cada vez mais e mais, até que só ficaram as nuvens.

- Lindo, não? - Leon disse inclinado sobre ela para ver um pouco da janela também.

- Sim. - ela admitiu sorrindo.

Após mais alguns minutos admirando as nuvens a tarefa acabou por se tornar monótoma. Se sentando em uma postura informal no basco bastante relaxada Nil ariscou perguntar:

- Esta chateado por ter se atrasado e não estar viajando com os caras de Toronto?

- Não. - ele disse sorrindo travesso – Na verdade foi até bom. Se eles estivem aqui agora estaríamos falando sobre o negócio. - ele fez uma careta.

- Pra você é importante fechar esse negócio não é? - ela perguntou deitando a cabeça em seu banco.

- Sim. Toronto é o centro financeiro do Canadá, bem como um dos principais centros culturais e científicos, qualquer negócio com as empresas de lá trás bastante lucro. Por isso essa urgência em fechar com eles . - ele explicou rapidamente.

- Hu-hum. - ela murmurou com os olhos pequenininhos.

- Durma Nilce. - ele disse percebendo seu cansaço – Prometo que lhe acordo quando chegarmos em Toronto.

- Não estou com sono. - ela mentiu.

- Você realmente não sabe mentir. - ele disse divertido.

Ela bocejou sorrindo e fechou os olhos por apenas um minuto.

Amor por contrato - Leonil (ADAPTADA)Where stories live. Discover now