mirror ➸ h.h.ʝ

♡ 母 ♡

A [🌻]

Mais um dia na universidade, até que a aula de hoje era legal. Faltavam poucos minutos para ir embora. Eu estava com vontade de comer algo que minha mãe sempre fazia para mim quando morávamos no Japão. Pego meu celular escondido e procuro por restaurantes de comida japonesa aqui por perto.

"Bom dia, princesa. Você está livre para o almoço? - Hwang Hyunjin"

Aparece uma mensagem do Kakao na barra de notificações.

~

Vou até praça em frente da minha universidade e vejo o Hyunjin.

— Eu estou congelando. — digo com voz de bebê e Hyunjin da uma risada.

— Onde você quer almoçar?

— Eu estava procurando por um bistrô japones aqui por perto.

— Eu conheço um. Vamos comer lá. — Hyunjin diz sorrindo.

Pedimos um táxi e Hyunjin informou o destino ao motorista. O dia estava frio, o ar condicionado do carro estava ligado no frio, então coloquei uma máscara cirúrgica e enfiei minhas mãos no meio das pernas.

Chegamos no bistrô, estava um pouco vazio, quentinho e com um cheiro gostoso da comida. Nos sentamos perto do ar condicionado quente, um garçom veio até nós e fizemos nosso pedido.

Não demorou muito e nossa comida havia chegado.

— Obrigada. — digo ao garçom.

— Sentiu falta da comida do seu país?

— Eu senti falta dessa comida aqui. — digo desgustando. — Na verdade, do que a minha mãe fazia, o dela é bem mais gostoso. Tinha um ingrediente secreto.

— Qual?

— Amor.

— Você poderia ser escritora. — Hyunjin disse rindo da própria ironia. — Por que não pediu para ela fazer?

O coração ardeu.

— Ela está descansando. — digo olhando para o prato e levando a comida na boca.

— A-ah.. Eu sinto muito.

— Ela teve uma doença que atingiu seu pulmão, por muito tempo ela fez o tratamento, ficou em um dos melhores hospitais do Japão. Eu tinha oito anos e a Yoora tinha quinze quando ela partiu.

— Me desculpe por entrar nesse assunto.

— Está tudo bem, ela está bem também. — sorrio.

Terminamos de comer e fomos embora. Ficamos um pouco do lado de fora do bistrô, tinha um ar aconchegante e bonito. Eu morava longe do centro da cidade, então pedi um táxi, já que sabia que iria demorar.

— O que vai fazer agora à tarde? — perguntei curiosa.

— Estou de folga hoje, então... talvez eu componha alguns versos musicais. — respondeu e eu sorri.

— Você também compõe? — perguntei e esfregava minhas palmas na intenção de me esquentar.

— Sim, eu te mostro depois. — vi seus olhos encolherem, provavelmente sorriu. — E você?