iii. THE CURSE

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1964

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1964

ERA UMA NOITE DE LUA CHEIA que Lyall Lupin tinha se arrependido por tudo que tinha falado a dois dias atrás.

— Papai. — Duas vozes de crianças se fizeram presentes na sala de entrada.

Duas crianças de apenas quatro anos correram até o encontro do pai, que estava com a expressão cansada e com olheiras profundas de noites mal dormidas.

— Olha o que fizemos pra você. — A garotinha de olhos castanhos claros disse, enquanto o garotinho de olhos âmbar estendeu um desenho, fazendo a manga do pijama cheio de desenhos de varinhas subir.

Lyall colocou seu casaco no cabine da entrada, se abaixando na altura dos filhos e pegando o desenho da pequenina mão de seu filho, Remus Lupin.

Ele não tinha entendido de primeira o que era todos aqueles rabiscos que estavam no papel, só entendeu quando olhou pros olhinhos brilhantes de sua filha, Anny Lupin.

Aquela era a sua família, sua esposa estava segurando a mão do pequeno Remus, enquanto ele segurava a mão da pequena Anny, e o casal estavam de mãos dadas, tendo o mesmo sorriso que os filhos.

— Esse aqui é você papai, a mamãe, a Anny e o Remmy. — Remus disse apontando seu dedo pra cada pessoa que dizia.

— Anny e Remmy fizeram pro senhor papai, mamãe disse que o senhor tava tristinho, então fizemos isso pra deixar o papai feliz. — Anny disse, enquanto apontava seu pequeno dedinho pra si mesma e para Remus.

— Ficou perfeito crianças, papai não poderia receber um presente melhor que esse. — Sorriu pra ambos os filhos, que sorriram junto ao pai, mostrando os pequenos dentinhos.

Abraçou os gêmeos, ambos colocaram as pequenas mãozinhas no rosto cansado do pai, deram um beijo estalado em cada bochecha, que fez o maior sorrir com a doçura dos filhos.

Colocou os dois no chão, fazendo um pequeno carinho nos cabelos loiros escuros de ambos, colocou suas mãos nas pequenas costas dos filhos, guiando eles até a cozinha, onde a sua esposa se encontrava, fazendo o café forte de seu marido.

— O papai adorou o presente de vocês, mas agora está na hora dos dois mocinhos irem pra cama. — Hope Lupin disse com a voz autoritária de mãe, colocando suas mãos na cintura e olhando pros gêmeos que agora estavam de mãos dadas.

Eles logo concordaram, não gostavam de ver a mãe brava ou triste por não obedecerem as ordens dela, então não faziam aquilo, não enquanto ela estava por perto.

— A senhora vai contar historinha pra gente dormir?

— Todas as noites se for necessário. — Hope sorriu, enquanto via os filhos correndo pro andar de cima, onde ficavam os quartos.

Aquela noite estaria guardada no coração de Lyall e Hope, a noite que seu pequeno filho não seria o mesmo.

SECRETS, sirius blackWhere stories live. Discover now