Não tão rápido!

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Ao chegarem no apartamento, Bucky foi verificar o dispositivo de rastreamento. Viu que Howard Stark havia se locomovido pra um bairro muito movimentado de Nova Iorque. O telefone do apartamento começou a tocar. Eles sabiam que era alguém da Sala Vermelha ou do Departamento X. Natália atendeu o telefone, enquanto se sentava na cama:

N: Alô?

Era Madame B.:

Mb: Conseguiram?

N: os arquivos... alguns projetos e armas, sim... foram coletados. Mas o alvo não foi eliminado.

Mb: Esqueçam ele. Foi ordenado que vocês retornem com urgência! - alertou Madame de forma áspera e desligando o telefone.

S: O que foi?

N: Mandaram a gente voltar. - respondeu colocando o telefone de volta ao local e se levantando da cama.

Bucky estava triste. Mesmo estando o tempo todo em serviço e fazendo tudo o que lhe foi ordenado, ele sentia que ali era a sua casa. Ele não queria ir embora. Mas sem lutar contra si mesmo, ele começou rapidamente a arrumar seus pertences para a viagem. Natália pegou todas as armas, projetos e arquivos roubados e os colocou em um esconderijo secreto do apartamento, sob o piso de madeira. Algumas horas, ou um dia depois, os responsáveis pela Sala Vermelha irão coletar tudo e enviar ao destino que eles quiserem.

Alguns minutos depois, Natália e Bucky já estavam prontos para a viagem. A missão foi cansativa. Foram horas ininterruptas de viagem, espionagem, furto e luta. Apesar do cansaço, eles tinham treinamento suficiente pra aquilo. Quando já estavam com as poucas malas prontas, Bucky surpreendeu:

S: Eu posso... te pedir um favor?

Natália, que já estava próxima à porta do quarto do apartamento, virou-se depressa em direção a Bucky enquanto estava com uma das mãos segurando sua mala.

S: Eu só queria... - Bucky ficou indeciso, olhou para o chão - Eu só queria mais um tempo aqui... nessa cidade... nesse bairro.

Natália ergueu as sobrancelhas. Bucky ficou olhando para ela com uma cara séria, mas, esperando uma resposta. Ele sabia que se acontecesse qualquer imprevisto, ou se eles chegassem atrasados em Moscou, ela contaria para os superiores dele, então, ele optou por pedir a ela esse favor. Natália se aproveitou da situação, ela sempre falava mais em comparação a Bucky, que sempre tinha as palavras reduzidas. Natália ia se aproveitar da situação pra fazer o oposto disso acontecer.

N: Porque? - questionou vagamente.

S: Aqui eu me senti bem. - respondeu levantando os ombros e olhando ao redor.

N: E lá você não se sente bem?

S: Quando eu estive aqui... quando eu estou com você... eu sinto que eu sou humano de novo.

Natália estava completamente surpresa com aquela situação, apesar de que não estava demonstrando isso na sua face.

N: Tudo bem, entendi. O que você quer fazer em Nova Iorque às 1 hora da madrugada?

S: Só andar pelas ruas. Como um cara normal.

N: Como um casal normal, Senhor William? - perguntou Natália ironicamente com um leve sorriso, fazendo Bucky sorrir, mesmo que timidamente, pela primeira vez, depois de todos esses anos com a HYDRA - Ou devo dizer, Senhor James?

S: Como assim? - Bucky olhou confuso para Natália.

N: Quando terminamos o treinamento na Tundra você disse que seu nome é James, enquanto estava distraído com a Aurora no céu.

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