• long-fic • concluída •
- EU FUI DESPEJADA? - gritei depois de ler a carta e encarei o porteiro do prédio.
- Veja pelo lado positivo, senhora! Pelo menos você não vai ficar na rua, vai morar em uma casa aqui perto. - ele sorriu e eu quase voei no p...
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| Jung Hoseok |
- Você sumiu, está tudo bem? Se precisar de mim, eu estou na sala de treino.
Encarei meu reflexo enquanto ouvia a música soar no fundo, esse lugar sempre foi meu local de paz, eu sempre me sentia bem quando deixava a musica guiar meus movimentos e me fazer descontar cada sentimento preso em mim através dos movimentos, isso sempre dá certo, ou melhor, dava certo.
Desde o dia da minha apresentação nem a dança anda conseguindo tirar essa euforia do meu peito, desde o dia que tive ela em meus braços, aquela calma que havia no meu interior havia evaporado. Ela me deixava agitado e a cada dia mais ansioso pela sua presença.
Lembro das poucas vezes que nos encontramos nessa sala e cada momento foi especial para mim, eu não sei com clareza o que ela sente por mim, mas eu definitivamente sabia o que eu sentia por ela e não quero mais esconder esse sentimento que a cada dia vai me consumindo mais e mais.
Eu preciso que ela saiba, eu preciso falar para ela e deixar ela consciente de que eu irei respeitar sua escolha acima de tudo, mas que eu não queria perder sua amizade, estar ao lado dela me faz bem e eu ainda quero estar ao seu lado embora não seja da forma que meu coração deseja.
Comecei a dançar embora não sentisse que meu coração e meus pensamentos estavam naquele ato como sempre esteve, dessa vez eles estavam longe, longe presos em uma figura adorável de sorriso doce.
- Você é muito bom. - ouvi alguém falar atrás de mim e parei de dançar me virando para porta.
Ela estava ali, o motivo da minha distração estava ali parada no batente da porta me olhando com um sorriso de canto em seus lábios. Foi inevitável não devolver um sorriso para ela.
- Está sendo gentil. - falei enquanto pegava o controle do radio e desligava a musica.
- Você que foi gentil quando me disse que eu dançava bem. - ______ riu se aproximando de mim e eu peguei sua mão a puxando para o pequeno sofá que havia no canto da sala de dança.
- Eu não menti. - falei enquanto sentava e puxava ela para se sentar ao meu lado no sofá - Você consegue dançar.
- Conseguir dançar não é a mesma coisa que dançar bem. - ela riu e eu sorri ao ouvir o som - Eu lembro da primeira vez que vim aqui, era madrugada e você me mostrou a tela que tinha escondida aqui.
- E dai nós dançamos e você caiu. - lembrei rindo.
- E você me segurou. - ela me olhou e eu concordei deixando um carinho na sua mão que eu ainda segurava enquanto a olhava nos olhos.
- É, eu te segurei.
- Falando agora, esses dias parecem tão distantes. - ela falou deixando o olhar cair pelo cômodo.
- Sim, tanta coisa aconteceu. - concordei também lembrando dos momentos que vivemos ali - Aquela noite que você me encontrou aqui foi a primeira noite em que eu sonhei com você.
- Você sonhou comigo? - ela me olhou surpresa e eu desviei o olhar para as nossas mãos, me sentindo envergonhado por notar que havia revelado aquilo sem ao menos notar.
Eu falava demais quando estava com ela e isso era um grande problema.
- Eu fiquei tão apavorado que não consegui voltar a dormir então vim para cá tentar me distrair. - falei e me senti um pouco leve por conseguir falar sobre aquilo com ela.
- Por que apavorado?
- Porque eu já suspeitava a dor de cabeça que você iria me trazer se eu me apaixonasse por você.
- E qual foi seu veredito?
- No momento que você caiu sobre mim e eu senti uma vontade avassaladora de te beijar, eu percebi que eu não tinha nenhuma escolha sobre meu destino, eu iria me apaixonar por você de qualquer jeito. - confessei honesto. Se eu queria que ela me falasse abertamente sobre seus sentimentos, eu também precisava falar sobre os meus.
- Hobi, eu...
- Eu não sou tão ingênuo a ponto de não perceber o que anda acontecendo nessa fraternidade, eu sei que não sou o único interessado em você, na verdade, eu sempre soube, eu conheço muito bem os meus amigos. - falei interrompendo ela, eu notei no mesmo dia que ela chegou aqui o clima estranho que ficou entre nós - Mas eu quero que você saiba que acima de tudo eu sempre irei respeitar você e sua decisão.
- Hobi... - ela tentou falar mas eu novamente a interrompi agora segurando seu queixo com cuidado. Ela precisava me ouvir antes de tudo, quero aproveitar a pouca coragem que estou tendo nesse momento para poder falar o que sinto.
- Eu prezo demais pela sua felicidade, ___________, e se você também preza pela minha, eu gostaria mesmo que você não me afastasse depois disso, eu estou sim apaixonado por você, mas se eu não for sua escolha, eu me contento apenas em estar ao seu lado.
- Eu quero você ao meu lado, Hobi. - ela sorriu levando sua mão até a minha que ainda tocava seu rosto.
- Você poderá ter um melhor amigo. - sorri tentando não demonstrar o quanto aquelas simples palavras quase me destruíram por dentro.
- Contando que eu também possa o chamar de namorado. - ela sorriu e por alguns instantes eu senti que meu cérebro ficou todo azul demonstrando pani.
- O que?! - perguntei com os olhos arregalados e ela riu se aproximando mais de mim.
- É você, Hobi que eu quero. - ela falou e segurou meu rosto com carinho - Só você.
E sem acreditar que era realmente verdade o que estava acontecendo, eu a puxei para um beijo, um beijo que há tempos eu almejo. É, agora e até quando ela me quiser ao seu lado, eu serei dela.
