Nove: Dylan Walker e o seu jeitinho solitário

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|DYLAN: Dia da punição|

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|DYLAN: Dia da punição|

  — Você deveria me ligar mais. — A minha mãe diz pelo celular.

— Eu sei, mãe! Juro que vou tentar. Como estão às coisas por aí?

— Na medida do possível, tudo bem.

— Você sabe que se precisar de qualquer coisa pode me chamar a qualquer momento, né? — Eu repito pela trigésima vez em uma semana.

— Sei, Dylan. Eu sei. Obrigada por sempre cuidar de mim.

— Estou aqui para tudo que você precisar.

— Você é um ótimo filho. — Ouço ela começar a chorar e isso aperta o meu coração. Acredito eu que essa seja a terceira vez que ela chora na ligação nesse mês.

— Mãe, você precisa se acalmar. Tudo vai ficar bem. A gente precisa seguir normalmente com as nossas vidas. Já fazem dois anos. Até quando nós dois ficaremos sofrendo por ele? Isso tem que acabar. — Eu digo, tentando incentivá-la mais uma vez a tentar esquecer o meu pai, ou melhor, o William, que já foi preso há cerca de dois anos e que até agora interfere na brilhante carreira e no emocional da minha mãe.

— É difícil. — Ela sussurra. — Essa semana eu achei uma foto de nós três na empresa e isso mexeu comigo...Eu fiquei abalada. — Mamãe me explica.

— Mas as nossas vidas precisam continuar, mãe! A senhora precisa entender que ele está pagando pelos atos errados dele.

— Você está certo...

— Você é a mulher mais forte, firme e incrível que eu conheço, mãe. Nunca imaginaria que você conseguiria lutar tanto pelos seus objetivos e alçancar o ápice da sua empresa sozinha e de um jeito totalmente limpo. Eu te admiro muito, mãe. Uma mulher forte como você não deve nem PENSAR em se deixar abalar por um cara tão sujo como o meu pai.

— Obrigada pelas palavras, filho. Prometo que vou tentar esquecer de tudo isso que me faz mal. — Ela faz uma pausa para suspirar. — Preciso resolver algumas questões da minha empresa agora, mas amanhã eu te ligarei, ok?

— Ok.

— Te amo, filho!

— Também te amo, mãe!

Desligo a ligação e sigo para fora do meu dormitório, que para a minha grande felicidade, eu não divido com ninguém. O motivo? Todos do colégio parecem não gostar muito de mim, e é óbvio que ninguém aceitaria dividir o quarto comigo por esse motivo. As pessoas têm medo de mim e do meu jeito solitário e grosseiro. Eu gosto disso. Gosto que as pessoas sintam medo.

SOB O MESMO TETOOnde histórias criam vida. Descubra agora