Beba meu sangue!

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Acordei. Estava tudo escuro, quando escuto alguns passos. Olho para os lados procurando algo e me deparo com Yuki preso. Como no sonho, pensei. Não, não era possível, eu deveria estar sonhando. James, precisa acordar. Acorda, acorda, ACORDA!

- James! Está vivo!

Percebi que ele chorava, como nunca o vi chorar antes. Tentei ir até ele, mas como esperava eu já estava preso em uma jaula, como no sonho.

Como descobriram sobre nós? Como? E afinal, eu deveria ter ficado esperto, eu sonhei com isso. Não quis acreditar, deveria acreditar. Sonhos não são apenas sonhos.

- Humanos e vampiros não podem ficar juntos! - Gritavam todos juntos, como no sonho. O maldito sonho.

- James! James! JAMES! - Ele gritava e, quanto mais gritava, mais lágrimas caíam. Já tinha gritado tanto que estava a perder a voz.

- Dê adeus ao seu amor!

Chega a minha vez de chorar, já sabendo o que vinha pela frente. Fechei os olhos forte, não queria ver aquela cena de novo.

- Não... Yuki... Desculpa... SINTO MUITO, MEU AMOR!

- NÃO, MEU FILHO! - alguém gritou, uma voz familiar, que nunca estivera no sonho.

Fui obrigado a abrir os olhos. Vi que Yuki não estava morto. Uma mulher o abraçava e o protegia de todos.

- FIQUEM LONGE DO MEU FILHO!

Foi quando me dei conta, era a mãe de Yuki. Ela me olhou, e então disse:

- Eu estava errada sobre os vampiros todo esse tempo, me desculpa, James.

Sorri. Começo de paz. É o nosso começo de paz! Só preciso sobreviver.

Parei de chorar, e comecei a pensar. Foi quando uma borboleta passou pela jaula. Era uma borboleta colorida, tão colorida que chegava a se parecer com um arco-íris. Depois de um tempo entrando e saindo pelo vão da jaula, ela bateu as asas bem forte e se foi. Foi quando me dei conta de que se eu me transformasse em um morcego conseguiria passar pelo vão da jaula. E foi isso que fiz, me transformei e passei pelo vão.

- Ele conseguiu escapar! - gritaram todos e esqueceram de Yuki e sua mãe.

Eles pegaram armas. De acordo com as antigas histórias sobre os vampiros e os humanos, aquelas armas provavelmente estavam carregadas de balas em forma de alho.

Eles atiraram a primeira bala e desviei. As balas eram realmente de alhos. Me transformei mais uma vez e, batendo as asas fui desviando de cada bala até conseguir chegar até Yuki e sua mãe.
Com as minhas garras de morcego desamarei Yuki das cordas.

- Corram!

- Mas e você?

- Yuki, eu vou ficar bem. Agora vá!

- Não, vou ficar com você!

Sua mãe segurou em seu braço, dizendo:

- Vamos, meu filho.

- Não!

- Sim, vai ficar tudo bem.

Vampiros entre humanos (yaoi) Onde as histórias ganham vida. Descobre agora