Epílogo.

1K 99 15
                                    

- Prontinho! - exclamei, assim que acabei de pentear o cabelo da minha filha. - Agora vamos pra casa da vovó e do vovô.

- Eba! - Ela deu um pulinho de alegria, e então descemos para sala, onde encontrei com meu marido e meu filho.

- Finalmente! - exclamou James, vindo em nossa direção, de mãos dadas com Jones.

- Não exagere, querido, nem demoramos tanto assim.

- Não estou exagerado, estou sendo realista.

- Idiota!

Ele soltou uma risada, que acabou por fazer as crianças rirem junto com ele.

- Vamos para o carro! - ordenei, e fomos, colocando as crianças no banco de trás, e James começou a dirigir.

Os almoços em família nos domingos nunca haviam parado, todos esses anos ainda íamos lá.
Olhei para trás, e vi Jones brincando junto com Mel.
Jones é humano, com 8 anos, adotamos ele quando tinha 5, mais tarde, descobrimos que a minha espécie, não importa seu gênero, você pode ficar grávido. Então fiquei grávido da Mel, que hoje tem 5 anos. Meu marido sempre diz que ela é uma cópia minha, os cabelos loiros, os olhos azuis e o outro vermelho, já que ela também era uma humana metade vampira.

Ao chegamos na casa, encontrei com meus pais, meus sogros, minha irmã junto com seu marido Harry - que é um vampiro - e, com a minha cunhada. Manu era a única que ainda não tinha se aprofundando no amor. Sem namorado, sem marido... ela focava mais na vida dela, nunca tinha tempo para amar, apenas dava amor para sua família.

- Atrasados como sempre. - falou Manu, vindo com nossas crianças no colo.

"Titia! Titia!" Gritavam, se aconchegando mais no colo de Manu.

- Vão falar com a titia e o titio agora. - falou, apontando para Yumi e Harry, então as crianças correram até eles.

- Manu, como senti sua falta! - exclamei, pulando em seus braços, e meu marido fez o mesmo. - Como foi o intercâmbio?

- Ótimo, mas também senti falta da minha família!

- Também sentimos sua falta, maninha.

Escutei minha mãe gritar para que fôssemos almoçar, então nos direcionamos para cozinha.
Todos estavam em pé em volta da mesa. Minha mãe com Mel no colo e minha sogra com Jones.

- Família, antes de comemos, eu queria dizer uma coisa. - fez uma pequena pausa, antes de continuar, passando a mão na sua barriga. - Eu estou grávida!

Todos ficaram emocionados da mesma forma quando descobriram que eu estava grávido da Mel.

- Eu vou ser titio! - exclamei, e quando me dei conta, estava chorando nos braços do meu marido, que também chorava. - Vamos ser titios, meu amor!

- Vamos sim!

Depois, segui para abraçar minha irmã, não muito forte, com medo de machucar o bebê.

- Como será o nome?

- Ainda não sabemos o sexo. - explicou. - se for menino, se chamará Yuri, e se for menina, se chamará Rachel.

- Sendo Yuri ou Rachel, serei um ótimo titio.

- Você vai sim, maninho, assim como é um ótimo pai.

À abracei mais uma vez, e quando fui me dar conta, todos nós estávamos abraçados, e só depois do abraço em família que todos se acalmaram e decidimos comer.

. . .

O resto do dia correu bem. Manu, como melhor amiga de Yumi, foi escolhida pra ser a madrinha do seu filho ou filha.

- Papai James, ainda não entendi, o que é grávida? - perguntou Mel, enquanto eu preparava o jantar de Jones, já que ele era o único em casa que não podia beber sangue.

- Bem, querida, a titia Yumi vai ter um bebê.

- E como isso acontece?

- Bem, o titio Harry coloca uma sementinha na barriga da titia Yumi, e dessa sementinha vai crescer um bebê.

- E dá onde vem essa sementinha?

Vendo que meu marido ficou sem resposta, gritei para que meus filhos viessem jantar, e eles vieram.

- Não tente explicar mais sobre isso com nossos filhos. - sussurrei, para que apenas James escutasse, e ele acabou rindo.

- Tudo bem, vou dizer que as cegonhas que trazem os bebês.

- Isso mesmo! - exclamei, o fazendo rir mais.

Então, ele se juntou com as crianças a mesa, e eu fiz o mesmo.

- Depois daqui vocês vão dormir, pois amanhã tem escolinha bem cedinho.

- Ok, papai! - falaram os dois juntos, e comeram o resto do jantar.

. . .

- Agora que as crianças estão dormindo, você não quer brincar um pouco? - perguntou meu marido, com sorriso pervertido nos lábios.

- Idiota, é pra você ir dormir também, amanhã temos trabalho!

- Brincar só um pouquinho não fará mal.

- Vai dormir! - ordenei, e ele apenas não continuo com graça, pois escutamos um barulho vindo da porta. - Pode entrar.

Mesmo com pouca luz, consegui ver meu filho entrando com um urso de pelúcia nos braços.

- Posso dormir aqui? - perguntou. - Tive um pesadelo.

- Claro, querido, venha! - falou James, dando um espaço no meio da cama para ele. - Que pesadelo foi esse?

- Vocês tinham me devolvido pro orfanato. - sussurrou, e suas palavras quase me fizeram chorar.

- Orfanato? - perguntou meu marido, acariciando seu cabelo, enquanto eu o abraçava. - Nunca vamos te devolver para lá, você é o nosso filho agora.

- Promete?

- Prometemos! - foi a minha vez de falar. - Seu lugar é aqui para sempre.

- Eu amo vocês, papais.

- Também amamos você meu filho.

Então, deixamos que ele dormisse ali, e ele pegou no sono rapidamente. Antes de adormece também, pensei em como era feliz por ter meu marido e meus filhos, uma família completa, eu era o ser mais alegre do mundo, e disso não tenho dúvidas.

- Eu amo todos vocês. - sussurrei, e adormeci antes de escutar uma resposta.

- Nós também amamos você, meu amor.

-Fim-

Vampiros entre humanos (yaoi) Där berättelser lever. Upptäck nu